PURPOSE: To evaluate the severity of cardiac complications of neonatal asphyxia in relation to the length and degree of hipoxia. METHODS: Ninety babies with an Apgar score <6 were examined in the intensive care unit at our institution during seven years. Arterial blood for measuring pH, glucose, LDH and MB fraction of CK, together with serial electrocardiogram (ECG), echocardiogram and chest X rays was obtained. The fatal cases were studied with macro and microscopic examination. RESULTS: From a total of 90 cases, 73 were premature: 30 (41%) appropriate for gestation age (AGA) and 43 (59%) small for gestation age (SGA). Twenty one (23%) cases had arterial pH <7.2. The most common clinical conditions were: pneumonia 28 (31%), anemia 24 (26%) and jaundice 12 (13%). The main cardiological findings were: systolic murmur in 46 (50%), signs of heart hypertrophy in 18 (20%) and heart failure in 8 (9%). On ECG the main findings were ST and T abnormalities. The echocardiogram showed a patent ductus arteriosus (PDA) in 20 (22%), tricuspid regurgitation in 6 (7%), pulmonary hypertension in 6 (7%), dyskinesia and ventricular dilatation in 4 (5%). Necropsy was performed in 23 cases and macro and microscopy obtained in 14; the most frequent findings were: myocite necrosis in 8 (54%), congestion, vacuolization and loss of striae in 4 (29%). CONCLUSION: In the majority of cases, patients had a benign course, even those presenting with severe acidemia. Many abnormal EKGs and echocardiograms became normal after a few weeks. Among those who had a fatal outcome, the severity of histological lesions was observed in babies who had suffered asphyxia for more prolonged periods.
OBJETIVO: Avaliar a gravidade das complicações cardíacas na asfixia neonatal, sua evolução e correlacioná-las com o grau e duração do processo hipóxico. MÉTODOS: Foram estudados 90 bebês nos últimos 7 anos com grau de Apgar <6 no 5°min de vida. Pelo protocolo, após o exame físico e os cuidados intensivos, eram submetidos a dosagem do pH arterial, CPK-MB, DHL, glicemia, além da realização de radiografia de tórax, eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma, seriados e repetidos a cada semana. Aqueles que faleceram eram levados à necropsia. RESULTADOS: Dos 90, 73 (81%) eram prematuros, 30 (41%) eram apropriados para a idade gestacional (AIG) e 43 (59%) eram pequenos(PIG). Em 21 (23%) casos havia pH arterial <7,2. Os quadros clínicos mais observados foram: pneumonia em 28 (31%), anemia 24 (26%) e icterícia moderada 12 (5%), entre outros. Ao exame físico observaram-se: sopro sistólico em 46 (50%), ictus propulsivo 18 (20%) e ICC em 8 (9%). No ECG, os sinais mais freqüentes foram alterações de repolarização (ST e T) em 44 (49%). No ecocardiograma, observou-se persistência do canal arterial (PCA) em 20 (22%), regurgitação tricúspide em 6 (7%), hipertensão pulmonar em 6 (8%), hipocontratilidade de VE e dilatação de VD em 4 (5%). Dos 23 óbitos, 14 foram estudados e as alterações mais freqüentes foram necrose de fibras em 8 (68%) casos e em 4 (29%) congestão, vacuolização e perda de estriação. CONCLUSÃO: A maioria teve evolução favorável mesmo naqueles que tiveram acidemia importante. Muitas alterações de ECG e ecocardiograma se normalizaram. Daqueles que evoluíram para o óbito, as lesões mais graves ocorreram nos que sofreram, por mais tempo, processo anóxico.