A classificação para linfomas não-Hodgkin (LNH) proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza a importância do imunofenótipo para o diagnóstico. O objetivo deste estudo foi avaliar a utilidade da citologia combinada a citometria de fluxo para o diagnóstico de LNH, utilizando um painel de anticorpos monoclonais e estudo do ciclo celular. O material foi obtido através de aspiração de linfonodos por agulha fina de 78 pacientes. O painel de anticorpos monoclonais para análise em citometria de fluxo foi o seguinte: CD19/CD10, CD20/CD5, CD23, CD38/CD7, CD3/CD4, CD3/CD8, kappa/lambda. O diagnóstico final foi confirmado pela histologia convencional, considerada gold standard. Em 85% dos casos a citologia associada a imunofenotipagem e porcentagem de células em fase S permitiram um diagnóstico correto. Nos demais casos foi possível diferenciar linfomas B ou T e estimar grau de agressividade. O painel, embora pequeno, foi suficiente exceto para os anaplásicos e subclassificação dos linfomas T. Nestes casos, a morfologia foi mais importante que imunofenótipo, sendo este seguro apenas para linfomas linfoblásticos. A fração de fase S mostrou-se importante para diferenciar linfomas indolentes e de alto grau. Concluímos que esta técnica é uma boa alternativa para o diagnóstico de linfomas não-Hodgkin. Permite um diagnóstico rápido, menos invasivo, podendo ser repetida quando necessário, agilizando o tratamento.
The WHO classification of non-Hodgkin's lymphoma stresses the importance of the immunophenotype for diagnosis. The aim of our study was to evaluate the use of cytology together with flow cytometric examination using a panel of monoclonal antibodies including DNA S phase analysis. Material was obtained from lymph node aspiration of 78 patients. The panel for flow cytometric analysis comprised: CD19/CD10, CD20/CD5, CD23, CD3/CD4, CD3/CD8, CD38/CD7, kappa/lambda. The final diagnosis was confirmed by lymph node biopsy. In 85% of cases, cytology combined with immuno-phenotyping and percentage of Phase S cells allowed the correct diagnosis. In the remaining cases it was possible to differentiate T or B lymphomas and estimate their aggressiveness. The panel, although small, was sufficient in all cases except for anaplastic lymphoma. S-phase fraction was important for the diagnosis of large B-cell NHL vs. Follicular NHL. In cases of T-cell lymphomas a reliable diagnosis was only possible for lymphoblastic lymphomas. In conclusions, combined cytology and cytophotometric diagnosis of lymph node aspirations is a good alternative to histologic examination, except for T-cell lymphomas. In contrast to biopsy this method is less invasive and may be repeated if necessary.