O objetivo deste trabalho foi o de verificar se há indução de indivíduos alados em colônias de Brevicoryne brassicae (L.), quando expostas a Diaeretiella rapae (McIntosh). Foram também descritos alguns aspectos das interações biológicas dessas espécies. Colônias do pulgão foram iniciadas com 10 adultos por planta de couve, isoladas em recipientes transparentes. Um casal de parasitóides foi introduzido e mantido dentro de cada recipiente-teste por 3h; não foram introduzidos parasitóides do grupo controle. Formas aladas foram produzidas tanto na presença como na ausência de parasitóides, mas, na sua presença, os pulgões alados foram produzidos mais rapidamente e em número significativamente maior. Não se obteve correlação significativa entre o número de alados e o número de múmias. A longevidade média foi de 2,3 ± 0,19 dias e a taxa de parasitoidismo foi em média de 20,6 ± 5,21%. B. brassicae respondeu à presença de D. rapae com aumento na produção de formas aladas. Isto pode ser considerado um mecanismo de defesa, pois os pulgões poderiam, estrategicamente, manter sua sobrevivência, escapando pelo vôo e colonizando outras plantas hospedeiras. Dois outros comportamentos de defesas foram registrados: agitação vigorosa do corpo e fuga dos parasitóides. Durante 26h de observação, foram catalogados 20 atos comportamentais de D. rapae, divididos em cinco categorias: auto-limpeza, alimentação, exploração, cópula e oviposição. Interações diretas entre as espécies ocorreram não somente durante a oviposição, mas também quando a vespa tocava os pulgões com as antenas e ovipositor.
The objective of this study was to verify whether winged morphs are induced in colonies of Brevicoryne brassicae (L.) by exposure to Diaeretiella rapae (McIntosh). Behavioral aspects of the interaction between these species were also described. Aphid colonies were initiated by transferring ten adults to each cabbage plant, kept inside transparent recipients. In the treatment, a parasitoid couple was released inside each recipient-test, and the female was allowed to oviposit freely for 3h; no parasitoids were released in the control recipient. Winged morphs were produced in both conditions, but in the presence of the parasites, their number was significantly higher and they were produced earlier. No significant correlation was obtained between the number of winged individuals and the number of mummies. Parasitoids' longevity was 2.3 ± 0.19 days and the parasitoidism percentage was 20.6 ± 5.21. The increased production of winged morphs in B. brassicae clones in response to the presence of the parasitoid D. rapae can be considered a defense mechanism, because aphids could strategically maintain the clone survivorship, escaping by flight to form a new colony in other plants. Two other types of defense behavior were described: vigorous body shaking and escaping from the parasitoids. During 26h of observation, 20 types of D. rapae behavior were recorded and divided into five categories: self-cleaning, feeding, exploitation, copulation, and oviposition. Direct interactions between these species occur not only during oviposition, but also when the wasp touches the aphids with their antennae and ovipositor.