Em 2050, o número de brasileiros residindo em áreas urbanas passará dos 200 milhões e 29% da população será composta por idosos. Os idosos longevos possuem 80 anos ou mais, os idosos jovens são aqueles que apresentam idade entre 60 e 79 anos. O objetivo foi verificar a diferença da percepção de idosos jovens e longevos do Rio Grande do Sul quanto ao ambiente urbano em que vivem. Estudo de base populacional, observacional, descritivo, retrospectivo, com paradigma de análise quantitativa, analisou dados da pesquisa Perfil dos Idosos do RS, realizado pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS em parceria com a Escola de Saúde Pública do RS. A amostra foi composta por 6913 questionários respondidos por idosos de 59 cidades. A análise dos dados foi realizada com cada um dos grupos etários e as variáveis independentes foram testadas pelo Qui-Quadrado, sendo o nível de significância menor que 0,05. Como resultado, a percepção de dificuldades, como poucos bancos, falta de faixas de segurança, tempo de sinal muito curto para pedestres, degraus muito altos e mau cheiro dos banheiros públicos, foi maior entre os idosos jovens. Os idosos longevos perceberam menos esses fatores, porém, referiram que frequentam menos os ambientes comunitários.
By 2050, the number of Brazilians living in urban areas will be over 200 million and 29% of the population will be elderly. The long-lived elderly are 80 or more years old and the young elderly are between 60 and 79 years of age. The scope of this article was to verify the difference in perception between the young elderly and the long-lived elderly from Rio Grande do Sul (RS) about the urban environment they live in. This is a population-based, observational, descriptive, retrospective study with a quantitative analysis paradigm. Data was analyzed from Elderly Profile research in RS conducted by the Geriatric and Gerontological Institute of PUCRS in partnership with the RS School of Public Health. The sample consisted of 6913 questionnaires answered by the elderly from 59 cities. Data analysis was performed for each age group and independent variables were processed using the Chi-square test, with p under 0.05. Results showed that the perception of difficulties such as a lack of park benches and safety strips, short traffic light times for pedestrians, high steps and bad-smelling public toilets was greater among the young elderly. The long-lived elderly noticed these facts less, though they admitted that they frequent community environments less often.