Resumo Como os cães são um bom modelo para estudos in vivo, é interessante avaliar o comportamento de fibroblastos gengivais de cão (CGF) in vitro, para que essas células possam ser cultivadas em uma matriz e estudadas in vivo posteriormente. O objetivo do presente estudo foi realizar uma análise morfológica, funcional e bioquímica de CGF, comparando-os a fibroblastos gengivais humanos (HGF), bem como avaliar as alterações dessas características ao longo de várias passagens. Usando fibroblastos gengivais de 3 cães e 3 indivíduos na subcultura (Sub), primeira (P1), terceira (P3), quinta (P5) e sétima (P7) passagens, os seguintes parâmetros foram avaliados: morfologia, espraiamento, adesão, viabilidade e conteúdo de proteína total. Os resultados mostraram não haver diferenças significativas quanto à morfologia e espraiamento, e uma tendência a maior adesão e viabilidade para HGF, quando comparados a CGF. O conteúdo de proteína total foi significativamente maior para HGF. HGF exibiram maior atividade funcional e bioquímica in vitro quando comparados a CGF. Maiores valores na Sub foram observados para ambos, CGF e HGF, em todos os parâmetros avaliados. As diferenças não impedem o uso de CGF na engenharia tecidual, contudo, seu uso é mais apropriado na subcultura ou primeira passagem.
As dogs are good models for in vivo studies, it is interesting to evaluate the behavior of canine gingival fibroblasts (CGF) in vitro, so that these cells could be seeded on a matrix and later studied in vivo. The aim of this study was to perform a morphological, functional and biochemical analysis of CGF, comparing it with human gingival fibroblasts (HGF), as well as to evaluate the change of their characteristics over several passages. Using gingival fibroblasts from 3 dogs and 3 humans in the subculture (Sub), first (P1), third (P3), fifth (P5) and seventh (P7) passages, the following parameters were assessed: cell morphology, spreading, adhesion, viability and total protein content. The results showed no major differences between the passages in terms of morphology and spreading, and a tendency of greater adhesion and viability for HGF when compared with CGF. The total protein content was significantly higher for HGF. HGF exhibited greater functional and biochemical activity in vitro compared to CGF. Higher numbers at Sub were observed for both CGF and HGF in all evaluated parameters. The differences do not prevent the use of CGF for tissue engineering, but its use seems to be more appropriate in the subculture or first passage.