Resumo Em Educação Física, os estudantes com baixas capacidades motoras podem ser humilhados. A humilhação é frequentemente silenciada por aqueles que a sofrem. Este artigo traz à luz e reflete sobre os sentimentos de humilhação de uma estudante de Actividade Física e Ciências do Desporto (CCAFD). Para tal, a estudante oferece uma história autoetnográfica que representa as suas experiências de uma forma semificcional. Dentro do espectro autoetnográfico, é adotada uma posição moderada. Depois de justificar esta posição, o artigo apresenta algumas reflexões sobre como o campo da Educação Física e esportes, e em particular os estudos do CCAFD, geram práticas e sentimentos de humilhação. O papel de duas ideologias presentes na Educação Física é destacado: a ideologia do desempenho e o sexismo. O artigo conclui salientando a necessidade de encorajar uma sensibilidade ideológica que permita a consideração de aspectos didácticos, organizacionais e avaliativos das práticas físico-educacionais sob a perspectiva da humilhação.
Abstract Students with poor motor skills may feel humiliated in PE classes, but they often supress it. This paper aims to reveal and reflect on the supressed feelings of humiliation of a Physical Education and Sport Tertiary Education (PESTE) student. In order to do so, the student offers an autoethnographic story that represents her experiences in a semi-fictional way. Within the autoethnographic spectrum, a moderate position is justified and adopted. This paper presents some reflections on how the ideologies of performance and sexism in the field of Physical Education and sport, and in the PESTE degree in particular, create practices and feelings of humiliation. The conclusions drawn from this study emphasize the need to encourage ideological sensitivity that allows considering educational, organizational, and evaluative aspects of Physical Education practices through those who may feel humiliated.
Resumen En Educación Física, el alumnado con baja competencia motriz puede verse humillado. La humillación suele quedar silenciada dentro de las personas que la sufren. Este artículo pretende sacar a la luz y reflexionar sobre los sentimientos de humillación de una alumna de Ciencias de la Actividad Física y el Deporte (CCAFD). Para ello, la alumna ofrece un relato autoetnográfico que representa sus experiencias de manera semificcional. Dentro del espectro autoetnográfico, se adopta una posición moderada. Tras justificar dicha posición, el artículo presenta algunas reflexiones acerca de cómo el campo de la educación físico-deportiva, y en particular los estudios de CCAFD, generan prácticas y sentimientos de humillación. Se destaca el rol de dos ideologías presentes en Educación Física: la ideología del rendimiento y el sexismo. El artículo concluye resaltando la necesidad de incentivar una sensibilidad ideológica que permita considerar aspectos didácticos, organizativos y evaluativos de las prácticas físico-educativas desde el prisma de la humillación.