Resumo Este artigo busca pensar a potência das imagens enquanto campo de experimentação e de criação em educação, junto às filosofias da diferença, aos movimentos transversais acionados por uma estratégia investigativa cartográfica e à problemática: o que podem as imagens em meio ao traçado de planos de imanência e de composição? Este trabalho problematiza as experiências educativas e investigativas que as autoras têm vivenciado junto à graduação e à pós-graduação, mobilizando uma delas especificamente para operar enquanto materialidade deste texto. Tal experimentação, produzida em uma aula, com uma turma de Licenciatura em Artes Visuais de uma universidade do Sul do Brasil, é operada de modo a explicitar algumas maquinarias que movimentaram o grupo nessa produção, assim como outras surgidas também durante a escrita do artigo por três pares de mãos. Sem a intenção de ilustrar e prescrever modos de relação com as imagens, e tomando a imagem por sua potência plural, desprendida de um sentido representativo e de uma única forma de relação, busca-se produzir aberturas para (im)possíveis vias de criação com as imagens em educação, deixando, também, alguns fios soltos, enquanto isca para outras possibilidades que possam ainda funcionar com elas. Fios que dizem aquilo que não foi possível capturar em imagens e escritas, névoas que se ergueram na composição produzida e que seguem, portanto, em potência, à espera de outros encontros.
Abstract The present article aims at thinking of the potential of images as a creation and experimentation field in education. Along with the difference philosophies, transversal movements triggered by a cartographic investigative strategy and the problematic: what can images do in the midst of tracing planes of immanence and composition? The present study problematizes the investigative and educational experiences the authors have encountered during the undergraduate and graduation levels, mobilizing one of them specifically to operate as the materiality of the present text. This experimentation, produced during a class, with a group of students in a teaching degree in visual arts in a university in the south of Brazil, is operated in a way of making explicit some machinery that moved the group during this production, as well as others that also emerged during the writing of this article by three pairs of hands. Without the intention of illustrating and prescribing ways of relating to the images, and taking the image by its plural potentiality, detached from a representative meaning and a single form of relation, we aim at producing openings for (im)possible ways of creation with images in education, and, also, leaving loose threads, as bait for other possibilities that might still work with them. These threads express what was not possible to capture in images and writing, mists that rose in the composition produced and that continue, therefore, in potential, waiting for other encounters.