In a society that is constituted by patterned looks and the logic of normality, visually impaired teachers distance themselves from the standards of body, behavior, ways of being and doing teaching, which causes strangeness. This article is the result of a research that aimed to understand how teachers with visual impairments (blind or with low vision) face the challenges of their professional practice by answering the following research issue: how do visually impaired educators narrate accessibility for professional practice? To do so, narrative interviews were carried out with seven visually impaired educators that work in the Basic Educational System in three Southern Brazilian states. The narratives were organized in thematic groups and examined based on the discourse analysis, supported by Foucauldian references. The study points out that the higher the social barriers imposed, the lower the inclusion possibilities for visually impaired educators in the professional practice. It also reveals that inclusion and accessibility have been thought more for students with disabilities and less for teachers, whose professional insertion is recent and still causes strangeness in school spaces.
En una sociedad que está constituida por las miradas estandarizadas y la lógica de la normalidad, los docentes con discapacidad visual se alejan de las normas de cuerpo, comportamiento, formas de ser y hacer docentes, lo que provoca el extrañamiento. Este artículo es el resultado de una investigación que tuvo como objetivo comprender cómo los profesores con discapacidad visual (ciegos/as o con baja visión) enfrentan los desafíos de ejercer la profesión, contestando al problema de investigación: ¿cómo los docentes con discapacidad visual narran la accesibilidad para el ejercicio de la profesión? Para eso, se realizaron entrevistas narrativas con siete docentes con discapacidad visual que actúan en la Educación Básica en los tres estados de la Región Sul del Brasil. Las narrativas fueron organizadas en grupos temáticos y examinadas a desde la perspectiva del análisis del discurso, apoyadas en referencias foucaultianas. El estudio apunta que: cuanto mayores son las barreras sociales impostas, menores son las posibilidades de incluir a los docentes con discapacidad visual en su ejercicio profesional. También revela que la inclusión y la accesibilidad han sido pensadas más para los estudiantes con discapacidad y menos para los docentes, cuya inserción profesional es reciente y aún provoca distanciamiento en los espacios escolares.
Em uma sociedade que se constitui por olhares padronizados e pela lógica da normalidade, os docentes com deficiência visual se distanciam dos padrões de corpo, comportamento, jeitos de ser e fazer a docência, o que causa estranhamentos. Este artigo resulta de uma pesquisa que objetivou compreender como docentes com deficiência visual (cegos/as ou com baixa visão) enfrentam os desafios de exercer a profissão, respondendo ao seguinte problema de pesquisa: de que forma professores/as com deficiência visual narram a acessibilidade para o exercício da profissão? Para isso, realizaram-se entrevistas narrativas com sete docentes com deficiência visual, atuantes na Educação Básica nos três estados da Região Sul do Brasil. As narrativas foram organizadas em agrupamentos temáticos e examinadas a partir da perspectiva da análise do discurso, amparada pelos referenciais foucaultianos. O estudo aponta que, quanto maiores forem as barreiras sociais impostas, menores serão as possibilidades de inclusão de docentes com deficiência visual no exercício profissional. Revela também, que a inclusão e acessibilidade tem sido pensadas mais para os estudantes com deficiência e menos para os professores, cuja inserção profissional é recente e ainda causa estranhamento nos espaços escolares.