Infecção é a principal causa de óbito em pacientes com mieloma múltiplo (MM). Na última década ocorreram mudanças substanciais no espectro de infecções em pacientes com MM, relacionadas com as mudanças no tratamento, ocorridas neste período. Embora as bactérias (particularmente encapsuladas e Gram-negativas) continuem a ser os principais agentes etiológicos, infecções fúngicas invasivas causadas por fungos filamentosos (Aspergillus sp. e Fusarium sp.) têm sido relatadas com freqüência crescente. Enquanto o aumento na intensidade do tratamento do MM resultou em melhora na sobrevida, novos problemas infecciosos emergiram. Assim, uma abordagem prática às infecções em pacientes com MM deve incluir o reconhecimento dos patógenos prováveis, de acordo com vários fatores, como a história patológica pregressa, estado da doença de base, e tratamento atual e anterior para o MM. Estratégias específicas de diagnóstico, profilaxia e terapia empírica são direcionadas de acordo com esta abordagem.
Infection is the leading cause of death in patients with multiple myeloma. Over the past decade, significant chances have occurred in the spectrum of infections in patients with multiple myeloma, paralleling the changes in the treatment of the disease. Although bacteria (particularly encapsulated and Gram-negative organisms) remain the most frequent etiologic agents, invasive fungal infections caused by moulds (Aspergillus sp. and Fusarium sp.) have been increasingly reported. While the increase in the intensity of the treatment of multiple myeloma represents a major advance, with a positive impact on survival, new infectious problems have emerged. Therefore, a practical approach to infections in MM patients must include the recognition of the likely pathogens according to several factors, such as past medical history, status of the underlying disease, and past and current treatment for MM. Specific strategies of diagnosis, prophylaxis, and empiric and specific therapy are driven according to this approach.