Abstract This study analyzed the meanings of mental problems in childhood, according to a group of professionals from two family health units (USF), highlighting who looks at these problems, what they look at and how they look at them. Ethnographic research was carried out, focusing on interviews with a semi-structured script with eight professionals from the two USF, seeking to reveal the "native models" about these problems. The mental problems in childhood were identified by professionals, parents, neighbors, teachers, highlighting the adults' views. Agitation, aggressiveness, problems at school or at home, were complaints that classified a "normal" or "abnormal" child. They resorted to specialized professionals, other institutions, and health services for children’s treatment. For the interviewees, mental problems in childhood are linked to family issues, mainly as a cause of these problems. The complexity of these problems, involving socio-cultural aspects, highlights the importance of the construction of practices based on interdisciplinary knowledge, as incorporated in child mental health policies and that has contributed to the strengthening and suppression of existing gaps in the assistance to children, seeking to encompass the complexity of their suffering experiences, associated with life situations marked by vulnerability and social precariousness, recognising children as subjects of these policies. USF , (USF) them out semistructured semi structured native models parents neighbors teachers adults views Agitation aggressiveness home normal "normal abnormal "abnormal institutions childrens s treatment interviewees issues sociocultural socio cultural aspects knowledge experiences precariousness (USF
Resumo Neste estudo, analisaram-se os significados dos problemas mentais na infância, segundo um grupo de profissionais de duas unidades de saúde da família (USF), destacando-se quem olha, o que se olha e como se olham esses problemas. Realizou-se pesquisa etnográfica, privilegiando-se entrevistas com roteiro semiestruturado com oito profissionais das duas USF, buscando revelar os “modelos nativos” sobre esses problemas. Os problemas mentais na infância eram identificados pelos profissionais, pais, vizinhos, professores, destacando-se o olhar de adultos. Agitação, agressividade, problemas na escola ou em casa, foram queixas classificadoras de uma criança normal ou anormal. Recorriam a profissionais especializados, outras instituições e serviços de saúde para o tratamento às crianças. Para os entrevistados, os problemas mentais na infância estão vinculados a questões familiares, principalmente como causa desses problemas. A complexidade desses problemas, envolvendo aspectos socioculturais, evidencia a importância de construção de práticas fundamentadas no conhecimento interdisciplinar, como incorporado nas políticas de saúde mental infantil e que tem contribuído ao fortalecimento e supressão de lacunas existentes na assistência às crianças, buscando abarcar a complexidade de suas experiências de sofrimento, associadas a situações de vida marcadas pela vulnerabilidade e precariedades sociais, reconhecendo-se crianças como sujeitos dessas políticas. estudo analisaramse analisaram USF , (USF) destacandose destacando Realizouse Realizou etnográfica privilegiandose privilegiando modelos nativos pais vizinhos professores adultos Agitação agressividade casa anormal especializados entrevistados familiares socioculturais interdisciplinar sofrimento sociais reconhecendose reconhecendo (USF