Resumo Este ensaio bibliográfico busca lançar luz sobre o caráter produtivo do ato de silenciar, bem como daquilo que se torna dizível por meio de outros expedientes que não a palavra proferida - olhares, gestos, pausas. Para tanto, propomos a leitura articulada de três obras: Life and Words, de Veena Das; Bearing Witness, de Fiona Ross; e Haunting the Korean Diaspora, de Grace Cho. Nossa escolha diz respeito à qualidade expressa pelas três etnografias em elevar o silêncio a um patamar heurístico e, com isso, colocar sob rasura as representações do silêncio como reino do incognoscível, da falta ou da ausência de linguagem. Ao recompor tais imagens e figurações, temos por intuito destacar outras modalidades e caminhos para etnografar o silêncio que sirvam de inspiração a pesquisas cujos campos empíricos exijam atenção tanto às palavras ditas quanto aos meandros pelos quais se escolhe ativamente calar.
Abstract This bibliographic essay seeks to shed light on the productive character of the act of silencing, as well as of what can be said through expedients other than the spoken word - looks, gestures, pauses. Therefore, we propose the joint reading of three works: Life and Words, by Veena Das; Bearing Witness, by Fiona Ross; and Haunting the Korean Diaspora, by Grace Cho. Our choice concerns the quality expressed by the three ethnographies in elevating silence to a heuristic level and, thereby, contradicting the representations of silence as the realm of the unknowable, the lack or absence of language. By recomposing these images and figurations, we aim to highlight other modalities and paths towards an ethnography of silence that serves as inspiration for researchers whose empirical fields demand attention both to the words spoken, and the intricacies through which one actively chooses to keep silent.
Resumen Este ensayo bibliográfico pretende arrojar luz sobre el carácter productivo del acto de silenciar, así como sobre lo que se puede tornar decible por otros medios que no la palabra hablada: miradas, gestos, pausas. Para ello, proponemos la lectura articulada de tres obras: Life and Words, de Veena Das; Bearing Witness, de Fiona Ross; y Haunting the Korean Diaspora, por Grace Cho. Nuestra elección tiene que ver con la calidad expresada por estas tres etnografías al elevar el silencio a un nivel heurístico y, por lo tanto, borrar las representaciones del silencio como un reino de lo desconocido, de la falta o de la ausencia del lenguaje. Al recomponer tales imágenes y figuraciones, nuestro objetivo es resaltar otras modalidades y caminos del hacer etnográfico del silencio que podrán inspirar a las investigaciones cuyos campos empíricos demandan atención tanto a las palabras habladas como a los meandros por los cuales se elige activamente el silencio.