Resumo Objetivo Comparar a influência de fatores ambientais na funcionalidade de pessoas idosas institucionalizadas (I) e não institucionalizadas (NI). Método Estudo transversal com 208 pessoas realizado entre 2020 e 2021. A caracterização sociodemográfica incluiu: sexo, idade, estado civil, escolaridade, peso, altura e hábitos de saúde; a funcionalidade, avaliada pelo WHODAS 2.0 de 36 itens, incluiu os domínios: cognição, mobilidade, autocuidado, relações interpessoais, atividades de vida e participação social; e o impacto ambiental foi mensurado por um formulário baseado em 20 categorias dos Fatores Ambientais da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), validado por especialistas. As análises estatísticas envolveram testes Qui-quadrado, Exato de Fisher e U de Mann-Whitney. Modelos de regressão logística univariada e multivariada identificaram preditores de incapacidade, com p<0,2 para inclusão e significância de 5% Resultados As "atitudes individuais de conhecidos, companheiros, colegas, vizinhos e membros da comunidade" foram preditoras de incapacidade nos NI (OR 5,25; IC 1,40-20,72; p=0,01). A dor foi preditora nos dois grupos (NI- OR 3,65; IC 1,22–8,21; p=0,01 e I- OR 10,06; IC 2,47–40,93; p<0,001). A polifarmácia aumentou a chance de incapacidade para I (OR 4,59; IC 1,05–20,05; p=0,04), enquanto a autoavaliação de saúde para NI (OR 3,10; IC 1,01–9,51; p=0,04 Conclusão Pessoas idosas institucionalizadas têm maiores dificuldades funcionais em mobilidade, autocuidado e participação social, mas se beneficiam de rotinas estruturadas e cuidados profissionais. Não institucionalizados, embora mais autônomos, enfrentam barreiras como isolamento social e acesso limitado a cuidados de saúde, impactando negativamente sua funcionalidade.
Abstract Objective "Individual attitudes of acquaintances, peers, colleagues, neighbors, and community members" were predictors of disability in NI individuals (OR 5.25; CI 1.40–20.72; p=0.01). Pain was a predictor in both groups (NI- OR 3.65; CI 1.22–8.21; p=0.01 and I- OR 10.06; CI 2.47–40.93; p<0.001). Polypharmacy increased the likelihood of disability in I individuals (OR 4.59; CI 1.05–20.05; p=0.04), while self-rated health was a predictor for NI individuals (OR 3.10; CI 1.01–9.51; p=0.04). Method "Individual attitudes of acquaintances, peers, colleagues, neighbors, and community members" were predictors of disability in NI individuals (OR 5.25; CI 1.40–20.72; p=0.01). Pain was a predictor in both groups (NI- OR 3.65; CI 1.22–8.21; p=0.01 and I- OR 10.06; CI 2.47–40.93; p<0.001). Polypharmacy increased the likelihood of disability in I individuals (OR 4.59; CI 1.05–20.05; p=0.04), while self-rated health was a predictor for NI individuals (OR 3.10; CI 1.01–9.51; p=0.04). Results "Individual attitudes of acquaintances, peers, colleagues, neighbors, and community members" were predictors of disability in NI individuals (OR 5.25; CI 1.40–20.72; p=0.01). Pain was a predictor in both groups (NI- OR 3.65; CI 1.22–8.21; p=0.01 and I- OR 10.06; CI 2.47–40.93; p<0.001). Polypharmacy increased the likelihood of disability in I individuals (OR 4.59; CI 1.05–20.05; p=0.04), while self-rated health was a predictor for NI individuals (OR 3.10; CI 1.01–9.51; p=0.04). Conclusion Institutionalized older adults face greater functional challenges in mobility, self-care, and social participation but benefit from structured routines and professional care. Non-institutionalized individuals, despite being more autonomous, encounter barriers such as social isolation and limited access to healthcare, negatively impacting their functionality.