Dois experimentos foram conduzidos com o objetivo de determinar a energia digestível da glicerina semipurificada vegetal e mista e o desempenho de coelhos em crescimento alimentados com dietas contendo os coprodutos. No ensaio de digestibilidade, foram utilizados 108 coelhos da raça Nova Zelândia Branco, com 45 dias de idade, distribuídos ao acaso em nove tratamentos (0, 4, 8, 12 e 16% de inclusão de glicerina vegetal e mista na dieta), com 12 repetições. Para o ensaio de desempenho, utilizaram-se 180 coelhos da raça Nova Zelândia Branco, dos 32 aos 70 dias de idade, distribuídos ao acaso em arranjo fatorial 2 x 4 (dois tipos de glicerina e quatro porcentagens de inclusão: 3, 6, 9 e 12%) mais uma dieta referência, com 10 repetições e dois animais por unidade experimental. Glicerinas vegetal e mista apresentaram energia digestível de 4.048 e 3.697kcal/kg MS, respectivamente. Entre 32 e 50 dias de idade dos coelhos, a dieta com 12% de glicerina mista prejudicou (P<0,05) o ganho de peso (32,14 g/dia), a conversão alimentar (3,57) e o custo por quilo de ganho de peso (R$ 2,08) em relação à dieta referência (39,42g/dia, 2,87 e R$1,69, respectivamente). Dos 32 aos 70 dias, o ganho de peso (30,11g/dia) e a conversão alimentar (3,99) dos animais que receberam 12% de glicerina mista na dieta foram piores (P<0,05) em relação aos da dieta referência (34,00g/dia e 3,65, respectivamente). Para as características de desempenho, dos 32 aos 70 dias, não foram verificadas diferenças (P>0,05) entre a inclusão de glicerina vegetal na dieta e a dieta referência, porém a maior viabilidade econômica (P<0,05) foi com 12% de inclusão (R$1,89 x R$2,15, respectivamente). A glicerina vegetal pode ser incluída em até 12% da dieta e a mista, em até 9%, diminuindo o custo de produção sem afetar o desempenho animal.
Two trials were conducted with the goal of determining the digestible energy of vegetal and mixed semi purified glycerin and the performance of growing rabbits fed with diets containing the byproducts. In the digestibility assay 108 New Zealand White rabbits, 45 days old, were used, assigned in a completely randomized design into nine treatments (0, 4, 8, 12 and 16% of glycerins inclusion), with 12 replications. The treatment with 0% of glycerin inclusion was considered the reference diet. In the performance assay, 180 New Zealand White rabbits, 32 to 70 days of age, were assigned to a completely randomized design into a 2 × 4 factorial arrangement (two types of glycerin and four percentages of inclusion: 3, 6, 9 and 12%) plus a reference diet and ten replications with two animals per experimental unit. Vegetal and mixed glycerin showed a digestible energy of 4,048 and 3,697 kcal/kg of dry matter, respectively. From 32 to 50 days of age, the diet with 12% of mixed glycerin affected (P<0.05) weight gain (32.14g/day), feed conversion (3.57) and cost per kilo of weight gain (R$2.08) in relation to the reference diet (39.42g/day, 2.87 and R$ 1.69, respectively). From 32 to 70 days, weight gain (30.11g/day) and feed conversion (3.99) of the animals fed with the diet containing 12% of mixed glycerin were worst (P<0.05) in relation to the reference diet (34.00 g/day and 3.65, respectively). Regarding characteristics of animal performance, from 32 to 70 days, no differences (P>0.05) were observed between the inclusion of vegetal glycerin in the diet and the reference diet, but better economic viability was verified (P<0.05) with the diet containing 12% of vegetal glycerin (R$1.89 x R$2.15, respectively). Vegetal glycerin can be included up to 12% in the diet and mixed up to 9%, reducing production cost without affecting animal performance.