Com a implantação do Programa de Saúde da Família no Município de São Paulo, Brasil, foi realizada experiência piloto de um cadastro ampliado para coleta de informações sobre famílias em dois centros de saúde escola. O objetivo do estudo é a análise deste cadastro como instrumento gerencial que possa discriminar diferenças e iniqüidades presentes em cada área adstrita. Com base em dados coletados, foram construídos seis indicadores relativos a tempo de moradia, número de pessoas por cômodo para dormir, renda familiar per capita, percentagem de crianças, escolaridade e cobertura de convênio de saúde. Com estes seis indicadores foi elaborado um indicador composto, o Escore Médio de Situação de Vida (EMSV), bem como o Escore Médio/SIAB (EM/SIAB) com os três indicadores que estão disponíveis na Ficha A do SIAB. O resultado identificou subáreas geograficamente contíguas com situações de vida distintas. O EM/SIAB apresentou poder discriminatório muito próximo ao EMSV. Conclui-se pela possibilidade de diferenciar e discriminar subáreas, apontando para a necessidade de organizar distintas ações em saúde para cada subárea.
As a consequence of the introduction of the Family Health Program in the city of São Paulo, Brazil, a pilot experiment was conducted with an expanded enrolment form for gathering information on families at two school health services. The aim of the study was to analyze this enrolment form as a management tool capable of identifying differences and inequities in each area. The collected data provided the basis for generating six related indicators: time of residence in the area, family members per bedroom, per capita family income, number of children as a percentage of total family members, schooling, and health insurance coverage. A compound indicator was constructed, called the Mean Living Standard Score, in addition to another indicator - Mean Score/ Basic Health Care Information System - from the three indicators existing in form A of the Basic Health Care Information System. The results identified contiguous geographic areas with different living standards. The two scores showed similar discriminatory power. In conclusion, it is possible to differentiate and discriminate sub-areas, thereby highlighting the need to organize different health actions for each sub-area.