FUNDAMENTO: Os mecanismos envolvidos na maior remodelação causada pelo betacaroteno após o infarto são desconhecidos. OBJETIVO: Analisar o papel da lipoperoxidação na remodelação ventricular após o infarto do miocárdio, em ratos suplementados com betacaroteno. MÉTODOS: Ratos foram infartados e distribuídos em dois grupos: C (controle) e BC (500mg/kg/dieta). Após seis meses, foram realizados ecocardiograma e avaliação bioquímica. Utilizamos o teste t, com significância de 5%. RESULTADOS: Os animais do grupo BC apresentaram maiores médias das áreas diastólicas (C = 1,57 ± 0,4 mm²/g, BC = 2,09 ± 0,3 mm²/g; p < 0,001) e sistólicas (C = 1,05 ± 0,3 mm²/g, BC = 1,61 ± 0,3 mm²/g; p < 0,001) do VE, ajustadas ao peso corporal do rato. A função sistólica do VE, avaliada pela fração de variação de área, foi menor nos animais suplementados com betacaroteno (C = 31,9 ± 9,3 %, BC = 23,6 ± 5,1 %; p = 0,006). Os animais suplementados com betacaroteno apresentaram valores maiores da relação E/A (C = 2,7 ± 2,5, BC = 5,1 ± 2,8; p = 0,036). Não foram encontradas diferenças entre os grupos em relação aos níveis cardíacos de GSH (C = 21 ± 8 nmol/mg de proteína, BC = 37 ±15 nmol/mg de proteína; p = 0,086), GSSG (C = 0,4 (0,3-0,5) nmol/g de proteína, BC = 0,8 (0,4-1,0; p = 0,19) de proteína; p = 0,246) e lipoperóxidos (C = 0,4 ± 0,2 nmol/mg de tecido, BC = 0,2 ± 0,1 nmol/mg de tecido; p = 0,086). CONCLUSÃO: A maior remodelação em animais infartados e suplementados com betacaroteno não depende da lipoperoxidação.
BACKGROUND: The mechanisms involved in the biggest remodeling caused by the post-infarct beta-carotene are unknown. OBJECTIVE: To analyze the role of lipoperoxidation in the ventricular remodeling after infarct of the myocardium in rats supplemented with beta-carotene. METHODS: Rats were infarcted and divided into two groups: C (control) and BC (500mg/kg/regimen). After six months, echocardiogram and biochemical evaluation were performed. The t test was used, with 5% significance. RESULTS: The animals from BC group presented highest means of the diastolic (C = 1.57 ± 0.4 mm²/g, BC = 2.09 ± 0.3 mm²/g; p < 0.001) and systolic (C = 1.05 ± 0.3 mm²/g, BC = 1.61 ± 0.3 mm²/g; p < 0.001) areas of LV, which were adapted according to the rat's body weight. The systolic function of LV, evaluated by the area variation fraction, was lower in the animals supplemented with beta-carotene (C = 31.9 ± 9.3%, BC = 23.6 ± 5.1%; p = 0.006). The animals supplemented with beta-carotene presented higher values of the E/A relation (C = 2.7 ± 2.5, BC = 5.1 ± 2.8; p = 0.036). No differences were found between the groups concerning the cardiac levels of the GSH (C = 21 ± 8 nmol/mg of protein, BC = 37 ± 15 nmol/mg of protein; p = 0.086), GSSG (C = 0.4 (0.3-0.5) nmol/g of protein, BC = 0.8 (0.4-1.0; p = 0.19) of protein; p = 0.246) and lipoperoxides (C = 0.4 ± 0.2 nmol/mg of tissue, BC = 0.2 ± 0.1 nmol/mg of tissue; p = 0.086). CONCLUSION: The highest remodeling in infarcted rats supplemented with beta-carotene does not depend on the lipoperoxidation.
FUNDAMENTO: Los mecanismos implicados en la mayor remodelación ocasionada por betacaroteno tras el infarto son desconocidos. OBJETIVO: Analizar el rol que juega la lipoperoxidación en la remodelación ventricular tras el infarto de miocardio, en ratas suplementadas con betacaroteno. MÉTODOS: Se había inducido a un infarto a las ratas y se las distribuyó en grupos: C (control) y BC (500mg/kg/dieta). Tras seis meses, se realizaron ecocardiograma y evaluación bioquímica. Utilizamos la prueba t, con significancia del 5%. RESULTADOS: Los animales del grupo BC presentaron mayores promedios de las áreas diastólicas (C = 1,57 ± 0,4 mm²/g, BC = 2,09 ± 0,3 mm²/g; p < 0,001) y sistólicas (C = 1,05 ± 0,3 mm²/g, BC = 1,61 ± 0,3 mm²/g; p < 0,001) del VI, ajustadas al peso corporal de la rata. La función sistólica del VI, evaluada por la fracción de variación de área, fue menor en los animales suplementados con betacaroteno (C = 31,9 ± 9,3 %, BC = 23,6 ± 5,1 %; p = 0,006). Los animales suplementados con betacaroteno presentaron valores mayores de la relación E/A (C = 2,7 ± 2,5, BC = 5,1 ± 2,8; p = 0,036). No se encontraron diferencias entre los grupos con relación a los niveles cardiacos de GSH (C = 21 ± 8 nmol/mg de proteína, BC = 37 ±15 nmol/mg de proteína; p = 0,086), GSSG (C = 0,4 (0,3-0,5) nmol/g de proteína, BC = 0,8 (0,4-1,0; p = 0,19) de proteína; p = 0,246) y lipoperóxidos (C = 0,4 ± 0,2 nmol/mg de tejido, BC = 0,2 ± 0,1 nmol/mg de tejido; p = 0,086). CONCLUSIÓN: La mayor remodelación en animales infartados y suplementados con betacaroteno no depende de la lipoperoxidación.