O presente estudo analisou o efeito da oclusão temporal na cortada do voleibol sobre a tomada de decisão defensiva em atletas com diferentes níveis de experiência. Os participantes foram divididos em três grupos: adulto (GAD; n = 16), infanto/mirim (GIM; n =16) e adulto novato (GNO; n = 16). Imagens da finalização de jogadas de ataque realizadas por quatro atletas foram editadas em cinco diferentes momentos: (OT1) a 399 ms (12 quadros) antes do contato do atacante com a bola; (OT2) a 266 ms (oito quadros) antes; (OT3) a 133 ms (quatro quadros) antes; (OT4) no momento do contato atacante/bola e; (OT5) a 133 ms (quatro quadros) após o contato do atacante com a bola. Ao assistirem os vídeos editados, os participantes deveriam informar o local de aterrissagem da bola seguido da confiança com a qual emitiam suas respostas. Foi mensurada a precisão na predição da trajetória da bola (acerto/erro) e a confiança da resposta (escala Likert 1-5). Quanto à frequência de acertos, o grupo GAD (X = 63,67 ± 10,38%) apresentou maior frequência de acertos que GIM (X = 55,46 ± 10,17%) em OT2 (p = 0,001). A frequência de acertos de GAD (X = 79,29 ± 10,38%) também foi maior que a de GNO (X = 71,87 ± 10,43%) em OT3 (p = 0,012). As condições mostraram-se diferentes entre si (Bonferroni's p < 0,005), com a frequência de acertos aumentando de OT1 (X = 36,06 ± 12,44%) à OT5 (X = 98,17 ± 4,81%). Para confiança, GAD e GIM apresentaram-se mais confiantes que GNO (Bonferroni's p < 0,016) em OT1, OT2, OT3. Novamente, as condições diferiram entre si (Bonferroni's p < 0,005), com os grupos mostrando-se mais confiantes em OT5. Concluiu-se que, independente da experiência, os grupos se mostraram capazes de predizer a localização de aterrissagem da bola. Contudo, grupos com maior experiência mostraram-se superior quanto à sua capacidade antecipatória.
This study examined the effect of temporal occlusion of a volleyball spike on the defensive decision-making of athletes with different levels of experience. The participants were divided in three groups: adult (GAD; n = 16), sub-17 (GIM; n = 16) and novice adult (GNO; n = 16). Images of attacks performed by 4 athletes were edited in five different moments: (OT1) 399 ms (12 frames) before the hitter's contact with the ball, (OT2) 266 ms (eight frames) before contact; (OT3) 133 ms (four frames) before contact; (OT4) at the moment of hitter's contact with the ball and; (OT5) 133 ms (four frames) after the hitter's contact with the ball. After watching the edited videos, participants were asked to predict the landing site of the ball, followed by the confidence with which they issued their responses. The precision in the prediction of the ball's trajectory (correct/incorrect) and the confidence of the response (1-5 Likert scale) were measured. Regarding the correct response frequency, the GAD (X = 63.67 ± 10.38%) group showed a greater frequency of correct responses than GIM (X = 55.46 ± 10.17%) in OT2 (p = 0.001) and the frequency of correct responses of GAD (X = 79.29 ± 10.38%) was also greater than GNO (X = 71.87 ± 10.43%) in OT3 (p = 0.012). The conditions were different from each other, with the frequency of correct responses increasing from OT1 (X = 36.06 ± 12.44%) to OT5 (X = 98.17 ± 4.81%). Regarding confidence, GAD and GIM were more confident than GNO in OT1, OT2 and OT3. Again, the conditions were different from each other, with the groups showing more confidence in OT5. We conclude that, regardless of experience, all groups were able to predict the landing site of the ball. However, groups with more experience were superior in their anticipatory ability.