OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar a relação da força de preensão manual com a função física em indivíduos idosos institucionalizados. MÉTODOS: Cento e cinquenta e sete idosos institucionalizados de ambos os sexos em sete diferentes instituições de longa permanência foram submetidos a avaliação da composição corporal, função cognitiva, forca de preensão manual (PREENSAO), mobilidade funcional, equilíbrio corporal (escala de equilíbrio de BERG e teste unipodal) e velocidade de caminhada (VELCAM). RESULTADOS: Em geral, os participantes deste estudo não apresentaram comprometimento da função cognitiva, mobilidade funcional, equilíbrio corporal ou da VELCAM. Os homens desenvolveram maior PREENSÃO e alcançaram maior escore em BERG. Os voluntários mais aptos (i.e., P75 a P100) apresentaram melhor função física, BERG e VeLcAM; os menos aptos (i.e., P0 a P25) apresentaram maior estatura e melhor VELCAM. A PREENSAO foi independentemente associada à função física e ao equilíbrio unipodal somente no sexo feminino (amostra total). A função cognitiva (feminino, P25 a P75; masculino, amostra total) e a idade (masculino, amostra total) demonstraram tendência de interferência em relação à avaliação da função física. A idade e o peso corporal parecem ser candidatos a preditores da VELCAM, sobretudo no P25 a P75 do sexo feminino, enquanto a função cognitiva é preditor de VELCAM no sexo masculino (P75 a P100). Por outro lado, a idade e o peso corporal são significativamente associados a VELCAM (feminino, amostra total). CONCLUSÃO: Os dados deste estudo piloto permitem concluir que a forca de preensão manual foi independentemente associada a função física de mulheres idosas institucionalizadas.
PURPOSE: To analyze the relationship of grip strength and physical function in institutionalized older people. METHODS: One hundred and fifty-seven nursing home residents of seven different long-stay institutions underwent evaluation of body composition, cognitive function, grip strength, mobility, balance (balance scale test BERG and single-leg stance test) and gait speed. RESULTS: Volunteers had no impairment of cognitive function, functional mobility, balance or gait speed. Men had higher grip strength and achieved higher scores in BERG. Fittest volunteers (i.e., P75 to P100) had better functional mobility, BERG and gait speed; less fit volunteers (i.e., P0 to P25) were taller and had better gait speed. The grip strength was independently associated with functional mobility and balance in the single-leg stance test only in females. The cognitive function (female, P25 to P75, male, total sample) and age (male, total sample) showed a tendency to be mediators of functional mobility. Age and body weight seem to confound the gait speed, especially for females (P25 to P75), while cognitive function confound it in males (P75 to P100). However, age and body weight are significantly associated with gait speed (female, total sample). CONCLUSION: We can conclude that grip strength was independently associated with functional mobility and balance of institutionalized older women.