Resumo Este estudo avaliou o reparo ósseo em defeitos cirúrgicos de ratos tratados com ácido hialurônico (AH) associado ou não à fração proteica de Hevea brasiliensis (F-1). Foram criados defeitos ósseos em 15 ratos albinos Wistar divididos em 3 grupos (n = 5): Grupo controle (1) - coágulo sanguíneo; Grupo HA (2) - ácido hialurônico 0,5%; Grupo HAF1 (3) - fração proteica F-1 0,1% dissolvida em ácido hialurônico a 0,5%. Após 4 semanas, os animais foram submetidos à eutanásia e o reparo ósseo avaliado por meio de análise histomorfométrica, zimografia e imunohistoquímica. A área óssea neoformada não apresentou diferença significativa (p = 0,757), mas houve tendência de aumento da trabeculação óssea nos grupos HA e HAF1. Para a análise imunoistoquímica, houve diferença na marcação do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) (p = 0,023), sendo maior nos grupos HA e HAF1 do que no grupo controle. Nenhuma diferença significativa na sialoproteína óssea (BSP) (p = 0,681), osteocalcina (p = 0,954), no entanto, diferenças significativas foram encontradas para a molécula de adesão de células endoteliais plaquetárias-1 (CD-31) (p = 0,040), com o grupo HAF1 sendo significativamente inferior ao controle. Para a análise zimográfica, não houve diferença significativa para metaloproteinase-2 (MMP-2) (p = 0,068), mas houve tendência de aumento da MMP-2 no grupo HA. Apesar da influência sobre os fatores angiogênicos e da aparente tendência de maior trabeculação nos grupos HA e HAF1, não houve diferença significativa na área de tecido ósseo neoformado no período analisado.
Abstract This study evaluated the bone repair in surgical defects of rats treated with hyaluronic acid (HA) associated or not with Hevea brasiliensis fraction protein (F-1). Bone defect were created in 15 albino Wistar rats divided into 3 groups (n=5): Control group (1) - blood clot; HA group (2) - 0.5% hyaluronic acid; HAF1 group (3) - 0.1% F-1 protein fraction dissolved in 0.5% hyaluronic acid. After 4 weeks, the animals were euthanized and the bone repair was evaluated through histomorphometric analysis, zymography and immunohistochemistry. The neoformed bone area did not show a significant difference (p = 0.757), but there was a tendency for bone trabeculation to increase in the groups HA and HAF1. For immunohistochemically analysis, there was a difference in vascular endothelial growth factor (VEGF) labeling (p = 0.023), being higher in the groups HA and HAF1 than the control group. No significant difference in bone sialoprotein (BSP) (p = 0.681), osteocalcin (p = 0.954), however, significant difference in platelet endothelial cell adhesion molecule-1 (CD-31) (p = 0.040), with HAF1 group being significantly lower than the control. For zymographic analysis, there was no significant difference for metalloproteinase-2 (MMP-2) (p = 0.068), but there was a tendency to increase MMP-2 in the HA group. Despite the influence on angiogenic factors and the apparent tendency for greater trabeculation in the HA and HAF1 groups, there was no significant difference in the area of newly formed bone tissue in the analyzed period.