RESUMO: Este artigo problematiza o fenômeno relativo à produção e ao consumo de notícias falsas - fake news - no horizonte da crítica à indústria cultural e à Sociedade Excitada na “era da pós-verdade”, em que parte considerável das pessoas vicia-se tanto no consumo de estímulos imagéticos como na transmissão ininterrupta de mensagens audiovisuais. A hipótese da pesquisa sustenta que a lógica do mercado avança sobre o labor jornalístico, invade o âmbito privado da vida e institucionaliza, como ethos aceitável, a [re]produção de uma existência fake que faz par e nutre-se na semiformação - Halbbildung. O vigor da análise aposta na reatualização do conceito de formação - Bildung, no âmbito da educação escolar, capaz de contribuir para ampliar a compreensão sobre a lógica de funcionamento da máquina produtora de doses, cada vez mais viciantes, de choques visuais que excitam, entorpecem, minam os sentidos e a capacidade de crítica e autocrítica dos indivíduos.
ABSTRACT: This article problematizes the phenomenon related to the production and consumption of fake news - criticizing the cultural industry and Excited Society in the “post-truth era” in which a considerable part of the public is addicted to both the consumption and the uninterrupted transmition of audiovisual messages. The research hypothesis holds that market logic advances journalistic work, invades the private realm of life, and institutionalizes, as an acceptable ethos, the production of a fake existence that makes itself par and nurtures itself in the semiformation - Halbbildung. The vigor of the analysis is based on updating the concept of Bildung, in the scope of school education, capable of contributing to the broadening of the understanding of the logic of the production machine with its increasingly addictive doses of visual shocks that excite, hinder, undermine the senses and the capacity for criticism and self-criticism of individuals.
RESÚMEN: Este artículo problematiza la producción y el consumo de noticias falsas en el horizonte de la crítica de la industria cultural y la Sociedad Excitada en la "era de la post verdad", donde parte considerable de la gente es adicta al consumo y a la transmisión ininterrumpida de mensajes audiovisuales. La hipótesis sostiene que la lógica del mercado avanza sobre el trabajo periodístico, invade el ámbito privado de la vida e institucionaliza, como un ethos aceptable, la producción de una existencia falsa que se alinea y se nutre en la semiformación. El vigor del análisis se basa en la nueva visualización del concepto de formación en el ámbito de la educación escolar, capaz de contribuir a ampliar la comprensión de la lógica de la máquina de producir dosis cada vez más adictivas de choques visuales que excitan los sentidos y la capacidad de crítica y autocrítica de los individuos.