Resumo Introdução: A trajetória motora de uma criança nascida pré-termo é um importante indicador de saúde infantil, uma vez que alterações podem ser um alerta da necessidade de intervenção profissional. Objetivo: Descrever os percentis e as curvas do desenvolvimento motor para prematuros brasileiros no primeiro ano de idade, determinando os valores de referência para categorização do desempenho motor avaliado pela AIMS. Métodos: Estudo transversal no qual participaram 976 crianças prematuras, recém-nascidos até 12 meses de idade corrigida. A Alberta Infant Motor Scale (AIMS) foi utilizada na avaliação do desenvolvimento motor dos participantes. Os escores normativos da AIMS no Brasil foram utilizados como critério de comparação. Resultados: Crianças prematuras demonstraram escores mais baixos do que crianças nascidas a termo, indicando a necessidade das curvas de percentil específicas para esta população. Os escores se diferenciaram nos percentis P1 a P99, permitindo a categorização de crianças típicas, suspeitas e atípicas. Aos 0, 4, 8, 9, 10, 11 e 12 meses de idade, observou-se sobreposição nos percentis extremos (P1, P5 e P10; P90, P95 e P99) mas não nos demais percentis. Conclusão: Os percentis descritos indicam que os prematuros apresentaram desempenho motor inferior a crianças a termo e a AIMS possui poder discriminante para avaliação clínica destas crianças. As curvas de desenvolvimento demonstraram menor capacidade de diferenciação comportamental nos percentis extremos.
Abstract Introduction: The motor trajectory of pre-term children is an important indicator of health during infancy, since alterations may be a signal for the need of professional intervention. Objective: To describe percentiles and motor development curves for Brazilian preterm infants in the first year of life, determining the reference values for categorization of motor performance assessed by the AIMS. Methods: Participated in this cross-sectional study 976 children born pre-term, newly-born to 12 months of corrected age. The Alberta Infant Motor Scale (AIMS) was used to assess participants’ motor development. The scores of the Brazilian norms were used as comparison criteria. Results: Children born pre-term showed lower scores compared to children born full-term indicating the need for a specific percentile curve for that population. The scores differentiated at P1 to P99 percentiles allowing for the categorization of children with typical development, at risk and with atypical development. At 0, 4, 8, 9, 10, 11 and 12 months an overlapping of extreme percentiles (P1, P5 and P10; P90, P95 and P99) was observed, but not in the other percentiles. Conclusion: The percentiles described indicate that preterm children presented lower motor performance than full-term children and AIMS has discriminant power for the clinical evaluation of these children. The developmental curves showed lower capacity for behavioral differentiation in the extreme percentiles.
Resumen Introducción: La trayectoria motora de niños nacidos prematuros es un importante indicador de salud infantil, ya que los cambios pueden ser una alerta de la necesidad de intervención profesional. Objetivo: Describir los percentiles y las curvas del desarrollo motor para prematuros brasileños en el primer año de edad, determinando los valores de referencia para categorización del desempeño motor evaluado por la AIMS. Métodos: Estudio transversal en el que participaron 976 niños prematuros, recién nacidos hasta 12 meses de edad corregida. La Alberta Infant Motor Scale (AIMS) fue utilizada en la evaluación del desarrollo motor de los participantes. Los escores normativos de la AIMS en Brasil se utilizaron como criterio de comparación. Resultados: Niños prematuros mostraron escores más bajos que los niños nacidos a término, indicando la necesidad de las curvas de percentil específicas para esta población. Los escores se diferenciaron en los percentiles P1 a P99, permitiendo la categorización de niños típicos, sospechosos y atípicos. A los 0, 4, 8, 9, 10, 11 y 12 meses de edad, se observó superposición en los percentiles extremos (P1, P5 y P10, P90, P95 y P99), pero no en los demás percentiles. Conclusión: Los porcentajes descritos indican que los prematuros presentaron desempeño motor inferior a niños a término y la AIMS posee poder discriminante para la evaluación clínica de estos niños. Las curvas de desarrollo demostraron menor capacidad de diferenciación conductual en los percentiles extremos.