Um total de 323 pacientes apresentando linfadenopatia foi selecionado em Belém, Pará, Brasil, entre janeiro de 1996 a dezembro de 2001 e, posteriormente, examinado quanto à presença de anticorpos IgM e IgG para o herpesvírus 6 (HHV-6), utilizando-se a técnica imunoenzimática (ELISA). Taxas similares são encontradas quando a soroprevalência é analisada nos indivíduos do sexo feminino (60,6%) e masculino (55,7%). Setenta e sete (23,8%) pacientes apresentaram anticorpos IgM e IgG para o HHV-6 (subgrupo IgM+), com taxas de positividade de 29,7% e 17,7% (p = 0,0007) para indivíduos dos sexos feminino e masculino, respectivamente. Soros de um subgrupo (n = 120) desses indivíduos, com altos níveis de anticorpos IgM+ ou IgG+, foram subseqüentemente processados para detecção do DNA viral do HHV-6, através da reação em cadeia da polimerase (PCR) e do "nested" PCR. Infecções ativas (detecção de altos níveis de anticorpos IgM+ e/ou IgG+ específicos mais a presença de DNA viral) foram diagnosticadas em 20/77 (26,0%) e 8/43 (18,6%); subgrupo de 120 indivíduos com quadro sugestivo de infecção recente por HHV-6. Todos (n = 28) os casos de infecção ativa foram associados com variante A do HHV-6 (HHV-6A), detectada pela técnica de PCR/"nested" PCR, utilizando-se "primers" específicos que amplificam regiões de 195 pares de bases (pb) (HHV-6A) e 423 pb (HHV-6B).Taxas de detecção do DNA do HHV-6 foram similares (p > 0,05) em pacientes dos sexos feminino e masculino, no grupo IgM+ e IgG+ com: 20,4% versus 35,7% e 25,0% versus 13,0%, respectivamente. A detecção do DNA viral do HHV-6 ocorreu no grupo etário < 5 até o de 41-50 anos, nos pacientes cujas amostras de soro apresentaram presença de IgM+, com taxas variando de 7,7% (mulheres do grupo < 5 anos) a 80,0% (homens, 11-20 anos). Acerca dos pacientes cujo "status" sorológico foi IgG+, o DNA do HHV-6 foi detectado nos grupos de < 5, 6-10, 21-30 e > 50 anos, com taxas que variaram de 15,4% (homens, < 5 anos) a 100,0% (mulheres, 11-20 anos). O aumento dos linfonodos cervicais foi registrado como mais freqüente, ocorrendo em número de 9 (32,0%) casos, tanto entre indivíduos do sexo masculino como naqueles do feminino. Entre os pacientes (n = 28) com infecção ativa pela variante A do HHV-6, a duração dos sintomas em 35,7% deles foi de 1-5 dias, enquanto em 64,3% durou de 6-20 dias. Nossos dados sugerem ser importante investigar a infecção pelo HHV-6 entre os pacientes (crianças e adultos) portadores de linfadenopatia como manifestação clínica proeminente no curso das doenças agudas febris.
A total of 323 patients with lymphadenopathy were selected in Belém, Brazil, between January 1996 and December 2001, and screened for the presence of human herpesvirus-6 (HHV-6) IgM- and- IgG antibodies by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). When seroprevalence is analyzed by gender, similar rates are found for female (60.6%) and male (55.7%) individuals. Seventy-seven (23.8%) patients were HHV-6-IgM-and- IgG-positive (IgM+ subgroup), with positivity rates of 29.7% and 17.7% (p = 0.0007) for female- and male individuals, respectively. Sera from a subgroup (n = 120) of these subjects, with high HHV-6 antibody levels (either IgM+ or IgG+ reactivities), were subsequently processed for the presence of HHV-6 DNA by polymerase chain reaction (PCR)/nested PCR. Active infections (IgM+ and/or IgG+ high levels specific antibodies plus detection of viral DNA) were diagnosed in 20/77 (20.0%) and 8/43 (18.6%); subgroup of the 120 individuals suspected of having HHV-6 suggestive recent infection. All (n = 28) cases of active infection were found to be associated with HHV-6 variant-A (HHV-6A), as detectable by PCR/nested PCR, using variant-specific primer that amplify regions of 195 base pairs (bp) (HHV-6A) and 423 bp (HHV-6B). Rates of HHV-6 DNA detection between female and male patients were similar (p > 0.05) in the IgM+ and IgG+ groups: 20.4% versus 35.7% and 25.0% versus 13.0%, respectively. HHV-6 DNA was detected across < 5 through 41-50-year age-groups for patients whose serum samples were IgM+, with rates ranging from 7.7% (female subjects aged < 5 years) to 80.0% (male, 11-20 years). Among patients whose serological status was IgG+, HHV-6 DNA was detected in < 5, 6-10, 21-30 and > 50 age-groups at rates that ranged from 15.4% (male, < 5 years of age) to 100.0% (female aged 11-20 years). Swelling cervical lymph nodes were the most common sign, accounting for 9 (32.0%) cases in each gender group. Among patients (n = 28) with active infection by HHV-6A variant, duration of symptoms lasted 1-5 days in 35.7% of subjects, whereas in 64.3% of them the disease lasted 6-20 days. Our data suggest that it is worth seeking for HHV-6 infection whenever a patient (infant or adult) presents with lymphadenopathy as a prominent symptom in the course of an acute febrile illness.