BACKGROUND: working memory. AIM: to verify the performance of working memory abilities and their relation with the severity of phonological disorders. METHOD: 45 children, with ages between 5.0 and 7.11 years, with evolutional phonological disorders (EFD), 17 female and 18 male, were evaluated. All subjects were assessed using the Child Phonological Evaluation proposed by Yavas et al. (1991). The severity of the disorder was determined by the Percentage of Correct Consonants (PCC) proposed by Shriberg and Kwiatkowski (1982), classifying the phonological disorder as severe, moderate-severe, average-moderate and average. After that, subtest 5 of the Psycholinguistic Abilities Test (ITPA - Bogossian & Santos, 1977) and the non-word repetition test (Kessler, 1997) were applied. RESULTS: after analyzing the data according the statistical tests of Kruskal Wallis and Duncan, it was verified that the performance of moderate-severe and severe individuals in the non-word repetition test was inferior to that of average-moderate and average individuals. However, performance results in the digit repetition test did not present a positive correlation with severity. CONCLUSION: the performance of phonological memory has a relation with the severity of phonological disorders. This allows us to accept the idea that the phonologic memory is related to speech production. Regarding the central executor, the results indicate that the performance in digit repetition, used to assess the central executor, did not present a correlation with the severity of the disorder. This can be justified by the fact that the central executor is more directly related to vocabulary acquisition and is responsible for processing and storing information.
TEMA: memória de trabalho. Objetivo: verificar o desempenho das habilidades de memória de trabalho e sua relação com o grau de severidade do desvio fonológico. MÉTODO: foram avaliadas 45 crianças com desvio fonológico evolutivo (DFE), com idades entre 5:0 a 7:11, sendo que 17 eram do sexo feminino e 18 do masculino. Todos os sujeitos foram avaliados utilizando-se a Avaliação Fonológica da Criança proposta por Yavas et al. (1991). O grau de severidade do desvio estabelecido por Shriberg e Kwiatkowski (1982), foi determinado pelo cálculo do Percentual de Consoantes Corretas (PCC), o qual foi utilizado para classificar o desvio fonológico em severo, moderado-severo, médio-moderado e médio. A seguir, foi aplicado o subteste 5 do ITPA (Bogossian e Santos, 1977) e o teste de repetição de palavras sem significado (Kessler, 1997). RESULTADOS: verificou-se ao aplicar o teste estatístico Kruskal Wallis e o teste de Duncan, que o desempenho na repetição de palavras sem significado no grau moderado-severo e no grau severo foi inferior ao desempenho no desvio médio-moderado e médio, mas o desempenho na repetição de seqüência de dígitos não apresentou relação positiva com o grau de severidade do desvio. CONCLUSÃO: o desempenho da memória fonológica apresenta relação positiva com o grau de severidade do desvio fonológico. Isso permite aceitar a idéia, de que a memória fonológica está relacionada com a produção da fala. Com relação ao executivo central, os resultados permitem concluir, que o desempenho na repetição de seqüência de dígitos, que vem sendo utilizado para avaliar o executivo central, não teve relação com o grau de severidade do desvio. Pode-se justificar estes resultados, pelo fato de o executivo central estar mais relacionado com a aquisição do vocabulário e ser responsável pelo processamento e armazenamento de informações.