Resumo: O artigo examina a história de Louis Pasteur do ponto de vista de um filme clássico que foi projetado durante os Seminários Semanais do Instituto Oswaldo Cruz no final das atividades de 2017. Embora bastante antigo, o filme The Story of Louis Pasteur (Warner Bros., 1936) inspirou os espectadores e deu lugar a um debate animado que levou os autores a decidir publicar os comentários da Coordenadora dos Seminários, do debatedor convidado e do público. O filme incorpora personagens reais e fictícios para comunicar ao público o legado de um dos maiores precursores da história da saúde pública. O artigo destaca os episódios reais da biografia de Pasteur e também os ficcionais, sem desmerecer o trabalho dos criadores cinematográficos. O principal mérito do filme, um dos primeiros passos de uma política de divulgação científica, é de revelar a importância das vacinas e da higiene das mãos na prevenção das doenças infecciosas. Os autores argumentam que o cineasta retratou primorosamente a tenacidade do grande cientista na busca incansável por descobertas, além de sua ideia de que somente o trabalho persistente pode levar a resultados recompensadores, lembrando que o contexto criado por pesquisadores anteriores permitiu que Pasteur estabelecesse paradigmas novos. Finalmente, os autores citam trechos do filme que ilustram realidades que persistem até os dias de hoje: (i) a tendência da ciência de resistir, por inércia, aos paradigmas novos, exemplificada pela oposição da comunidade de ciência médica à proposição de práticas simples como a lavagem de mãos e a fervura de instrumentos e (ii) a confiança excessiva, e até arrogância, de alguns especialistas, em vez da serenidade e da humildade que nascem da pesquisa dedicada e do conhecimento acumulado.
Abstract: This article examines the story of Louis Pasteur from the point of view of a classic movie presented at the Weekly Seminars of the “Oswaldo Cruz Institute”, at the end of the 2017 activities. Although very old, the movie The Story of Louis Pasteur (Warner Bros., 1936) inspired spectators and gave rise to an energetic debate that led the authors to decide for publishing the comments of the Seminar Coordinator, the guest commentator and the audience. The movie communicates to the public the legacy of one of the greatest precursors of the public health history using also fictional characters. The article presents the reliable passages in Pasteur’s biography and the fictional ones, without disrespecting the production of the creators of cinematographic work. The major merit of the movie, one of the first steps towards the policy of scientific diffusion, is to disclose the importance of vaccines and hand hygiene to prevent infectious diseases. The authors argue that the film-maker impeccably captured the scientist’s tenacity in the relentless search for discoveries and Pasteur’s idea that only persistent work can lead to rewarding results, remembering that the context created by previous researchers enabled Pasteur to establish new paradigms. Finally, the authors cite movie passages illustrating realities that are still in force: (i) the inertial resistance of science to new paradigms, illustrated by the medical-scientific community opposing to simple practices proposition, such as washing hands and boiling instruments, and (ii) the excessive confidence, and even arrogance, of some specialists, instead of serenity and humility that arise from committed study and accumulated knowledge.
Resumen: Este artículo examina la historia de Louis Pasteur desde el punto de vista de una película clásica, presentada en los Seminarios Semanales del Instituto Oswaldo Cruz, al final de las actividades de 2017. A pesar de ser muy antigua, la película The Story of Louis Pasteur (Warner Bros., 1936) inspiró a los espectadores y provocó un animado debate que condujo a los autores a la decisión de publicar los comentarios de la Coordinadora de los Seminarios, así como los del comentarista invitado y de la audiencia. Utilizando también personajes de ficción, la película transmitía al público el legado de uno de los más grandes precursores de la historia de la salud pública. El artículo señala pasajes fidedignos en la biografía de Pasteur y ficticios, sin menoscabar el trabajo de los creadores cinematográficos. El mayor mérito de la película, uno de los primeros pasos hacia la política de divulgación científica, es revelar la importancia de las vacunas y de la higiene de las manos para prevenir enfermedades infecciosas. Los autores enfatizan que el director de la película capturó impecablemente la tenacidad del científico en su búsqueda sin descanso de descubrimientos, así como su idea de que solo un trabajo persistente podía conducir a resultados gratificantes, recordando que el contexto creado por investigadores previos permitieron a Pasteur establecer nuevos paradigmas. Finalmente, los autores citan pasajes de la película que ilustran realidades todavía muy vigentes: (i) la resistencia por inercia de la ciencia a nuevos paradigmas, ilustrados por la oposición de la comunidad médico-científica hacia la propuesta de prácticas simples, tales como lavarse las manos y hervir los instrumentos, así como (ii) la excesiva confianza, e incluso arrogancia, de algunos especialistas, en lugar de la serenidad y humildad que surgen del estudio realizado y el conocimiento acumulado.