No Sul do Brasil, os danos causados pelo frio depreciam a qualidade da banana que permanece no campo durante o outono e inverno, dificultando a sua comercialização. Visando a verificar diferenças entre cultivares quanto à resistência ao frio no campo e em pós-colheita, foram realizados três experimentos em Itajaí-SC. No primeiro, foram avaliados os danos de frio em 13 cultivares do grupo AAA, 7 cultivares do grupo AAB, 6 híbridos do grupo AAAB e 1 cultivar do grupo ABB, em cachos colhidos em outubro de 1997. No segundo experimento, foram avaliados danos de frio em cultivares dos grupos AAA, AAB, ABB e AAAB, em cachos colhidos de 07-05-99 a 27-08-99. No terceiro experimento, foram avaliados danos de frio em bananas de quatro cultivares, armazenadas a 10°C, durante 5, 10 e 20 dias. O genoma B conferiu maior resistência da fruta às baixas temperaturas, tanto a campo quanto na armazenagem. Verificaram-se diferenças quanto a danos de frio tanto entre grupos genômicos, quanto entre cultivares do mesmo grupo. A maior resistência às baixas temperaturas pode permitir o transporte de bananas dos grupos AAB, ABB e AAAB a longas distâncias, em temperaturas inferiores a 12°C.
In Southern Brazil, banana bunches that remain in the field during the Fall and Winter are subject to cold damage. Three experiments were carried out in Itajaí, SC, Brazil, with the purpose of investigating the differences among banana cultivars as to their resistance to cold damage. In the first experiment, 13 AAA group cultivars, 7 AAB group cultivars, 6 AAAB hybrids and 1 ABB group cultivar were evaluated as to the level of cold damage. The second experiment evaluated banana bunches of cultivars of AAA, AAB, ABB, and AAAB groups, harvested from May 07/99 to August 27/99. The third experiment examined cold damage to banana clusters stored at 10°C during 5, 10 and 20 days. The B genome appeared to confer the greatest cold resistance to banana fruits, both in the field and storage. Cold damage differences were observed both among and within genome groups. The greatest cold resistance demonstrated by AAB, ABB and AAAB banana groups would allow their storage at temperatures lower than 12°C, and make transportation to longer distances viable.