Resumo Objetivos: A finalidade de nosso estudo foi avaliar a validade preditiva dos escores PELOD-2 no dia 1 e "quick" PELOD-2 no dia 1 com relação à mortalidade hospitalar em crianças com sepse em uma UTIP de um país em desenvolvimento. Métodos: Foram analisados retrospectivamente os dados de 516 crianças diagnosticadas com sepse. As crianças foram divididas em grupo sobrevida e grupo não sobrevida de acordo com o desfecho clínico de 28 dias após internação. Foram coletadas e pontuadas as variáveis PELOD-2 no dia 1, qPELOD-2 no dia 1, pediatric Sequential Organ Failure Assessment (pSOFA) e Pediatric Multiple Organ Dysfunction Score (P-MODS). A curva da característica de operação do receptor (ROC) foi plotada e a eficiência preditiva do PELOD-2 no dia 1, o escore qPELOD-2 no dia 1, pSOFA, P-MODS com relação a óbito foram avaliados pela área abaixo da curva (AUC) da curva ROC. Resultados: O escore PELOD-2 no dia 1, escore qPELOD-2 no dia 1, pSOFA e P-MODS no grupo não sobrevida foram significativamente maiores do que os no grupo sobrevida. A análise preditiva da curva ROC mostrou que as AUCs do escore PELOD-2 no dia 1, escore qPELOD-2 no dia 1, pSOFA e P-MODS com relação ao prognóstico de crianças com sepse na UTIP foi 0,916, 0,802, 0,937 e 0,761, respectivamente (todas p < 0,05). Conclusões: Tanto o escore PELOD-2 no dia 1 e o escore qPELOD-2 no dia 1 foram válidos e conseguiram avaliar o prognóstico de crianças com sepse em uma UTIP de um país em desenvolvimento. Além disso, o escore PELOD-2 no dia 1 foi superior ao escore qPELOD-2 no dia 1. São necessários estudos adicionais para verificar a utilidade do escore qPELOD-2 no dia 1, principalmente fora da UTIP.
Abstract Objectives: This study aimed to evaluate the predictive validity of the day-1 PELOD-2 and day-1 "quick" PELOD-2 (qPELOD-2) scores for in-hospital mortality in children with sepsis in a pediatric intensive care unit (PICU) of a developing country. Methods: The data of 516 children diagnosed as sepsis were retrospectively analyzed. The children were divided into survival group and non-survival group, according to the clinical outcome 28 days after admission. Day-1 PELOD-2, day-1 qPELOD-2, pediatric SOFA (pSOFA), and P-MODS were collected and scored. Receiver operating characteristic (ROC) curves were plotted, and the efficiency of the day-1 PELOD-2, day-1 qPELOD-2 score, pSOFA, and P-MODS for predicting death were evaluated by the area under the ROC curve (AUC). Results: The day-1 PELOD-2 score, day-1 qPELOD-2 score, pSOFA, and P-MODS in the non-survivor group were significantly higher than those in the survivor group. ROC curve analysis showed that the AUCs of the day-1 PELOD-2 score, day-1 qPELOD-2 score, pSOFA, and P-MODS for predicting the prognosis of children with sepsis in the PICU were 0.916, 0.802, 0.937, and 0.761, respectively (all p < 0.05). Conclusions: Both the day-1 PELOD-2 score and day-1 qPELOD-2 score were effective and able to assess the prognosis of children with sepsis in a PICU of a developing country. Additionally, the day-1 PELOD-2 score was superior to the day-1 qPELOD-2 score. Further studies are needed to verify the usefulness of the day-1 qPELOD-2 score, particularly outside of the PICU.