A condutividade elétrica da solução de embebição de sementes tem sido utilizada como diagnóstico do vigor de sementes de diversas espécies. Os ajustes dessa metodologia para as várias espécies requerem o conhecimento da cinética de liberação desses eletrólitos. Para sementes de pau-brasil, a metodologia clássica não se mostrou adequada e, considerando-se que elas apresentam baixa capacidade de armazenamento em temperatura ambiente, testes rápidos, como o da condutividade elétrica, são essenciais. Para tanto, deve-se conhecer a cinética da liberação de eletrólitos durante a embebição dessas sementes, em função de sua qualidade fisiológica, da presença ou ausência de tegumento, da temperatura de embebição e do teor de água inicial das sementes, que foi o objetivo deste trabalho. Para tanto, seis diferentes categorias de sementes, obtidas de duas regiões, foram analisadas quanto à liberação de eletrólitos, quando se removeu, ou não, o tegumento e, também, quando foram incubadas com diferentes teores de água e em diferentes temperaturas. Os resultados demonstraram que o padrão de liberação de eletrólitos das sementes de pau-brasil independe de sua qualidade fisiológica, da presença ou da ausência do tegumento e da temperatura de embebição, mas esses fatores alteram a quantidade total de eletrólitos liberados. Verificou-se, ainda, que há intensa liberação logo nos primeiros minutos de embebição, sugerindo que o ajuste de metodologia deve considerar a redução ao longo do período de embebição, a redução da temperatura, a utilização de pré-embebição controlada e mais lenta e a troca da solução de embebição, após os primeiros minutos.
The electrical conductivity of leachates from imbibing seeds has been used as a vigor test for several species. The adaptation of this methodology to different species requires knowledge on the leaching kinetics of electrolytes. For Brazilwood seeds, the classic method was not satisfactory and rapid tests are essential because they have low storage capacity at room temperature. Leaching kinetics during seed imbibition is a function of physiological quality, presence or absence of seed coat, imbibing temperature and the initial moisture content of seed. In this study, the electrolyte leaching rate of six different categories of seeds, from two regions, was evaluated in seeds with and without seed coat and incubated with different moisture contents and at different temperatures. The results showed that the electrolyte leaching rate in Brazilwood seeds is independent of the physiological quality, the presence or absence of seed coat and imbibition temperature, but these factors changed the total amount of electrolytes leached. The leaching rate increased in the first few minutes of imbibition, suggesting that the adjustment of the methodology must consider the reduction in imbibition time, reduction in temperature, use of a controlled and slower pre-imbibition, and replacement of the imbibition solution after the first few minutes.