INTRODUÇÃO: O Facebook é a rede social mais amplamente acessada do mundo, onde milhões de pessoas se comunicam entre si. As alterações comportamentais e psicológicos relacionadas com seu uso abusivo e excessivo estão criando sérios impactos sobre a vida dos usuários. MÉTODO: Uma revisão sistemática foi feita através das bases de dados Medline, Lilacs, SciELO e Cochrane usando os termos: "Facebook Addiction," "Social Network Sites," "Facebook Abuse.". A pesquisa abrangeu os últimos 5 anos até janeiro de 2015. Os artigos que examinam a dependência do Facebook na população em geral foram incluídos; analisamos como esse conceito evoluiu ao longo dos últimos cinco anos, e espera-se contribuir para o melhor entendimento da questão e seus impactos. RESULTADOS: Apesar de controversos, relatórios publicados correlacionam a dependência de Facebook a mecanismos de recompensa e gratificação. Alguns usuários desenvolveram um relacionamento abusivo estimulados pela falsa sensação de satisfação ou como uma maneira de se sentir melhor ou mais auto-confiante (aumento do nível de excitação ou fuga). Estudos de vários países indicam prevalência diferente, provavelmente devido à falta de consenso e ao uso de diferentes denominações, dando origem à adopção de critérios de diagnóstico diferentes. CONCLUSÃO: As redes sociais são ferramentas de comunicação modernas; existem inúmeros benefícios, mas também deve ser monitorado os danos subseqüentes causados por seu uso abusivo. Muitos usuários com o uso abusivo ou dependente declaram perdas significativas em suas vidas pessoais, profissionais, acadêmicos, sociais e familiares. É necessária uma investigação mais profunda para determinar se o uso abusivo do Facebook é uma nova classificação psiquiátrica ou meramente o substrato de outros transtornos.
INTRODUCTION: Facebook is the world's most widely accessed social network, where millions of people intercommunicate. Behavioral and psychological changes relate to abusive and uncontrolled use creating severe impacts on users' life. METHOD: A critical revision was performed through MedLine, Lilacs, SciELO and Cochrane databases using the terms: "Facebook Addiction," "Social Network Sites," "Facebook Abuse." The search covered the past 5 years up to January 2015. Articles that examine dependence on Facebook in the general population were included; we analyzed how this concept evolved over the last five years, and hope to contribute to the better understanding of the issue and its impacts. RESULTS: Although controversial, published reports correlate Facebook addiction to mechanisms of reward and gratification. Some users developed an abusive relationship stimulated by the false feeling of satisfaction or as a way to feel better or more self-assured (increased level of excitement or escape). Studies from several countries indicate different prevalence, probably due to lack of consensus, and the use of different denominations, giving rise to the adoption of different diagnostic criteria. CONCLUSION: Social Networks are modern communication tools; however, not only benefits, but also subsequent damage caused by its abusive use must be monitored. Many users with abusive usage and dependence recognize significant losses in their personal, professional, academic, social and family lives. Further investigation is needed to determine if abusive Facebook usage is a new psychiatric classification or merely the substrate of other disorders.