Resumo Objetivo Descrever a prevalência de anomalias congênitas segundo características maternas, assistenciais, e dos recém-nascidos no estado do Rio de Janeiro, de 2019 a 2021. Métodos Estudo transversal. Nascidos vivos foram descritos segundo sexo, peso, idade gestacional, Apgar e características maternas sociodemográficas, reprodutivas e assistenciais. Dados obtidos no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). As anomalias foram classificadas segundo a lista de anomalias congênitas prioritárias para vigilância no âmbito do Sinasc. Foram calculados as prevalências e os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados A prevalência de anomalias foi 68,7/10 mil nascidos vivos, elevada em filhos de mães pretas (75,9/10 mil nascidos vivos), <20 anos (74,8 10 mil nascidos vivos) e ≥35 anos (83,8 10 mil nascidos vivos), em recém-nascidos <1.500 g (189,2 10 mil nascidos vivos) e de 22 a 31 semanas de gestação (154,8 10 mil nascidos vivos). A prevalência de anomalias prioritárias foi 45,8 10 mil nascidos vivos, duas vezes superior à prevalência das anomalias não classificadas (22,9 10 mil nascidos vivos). Predominaram defeitos de membros, cuja prevalência foi 22,5 10 mil nascidos vivos (IC95% 21,3; 23,7), seguidos pelas cardiopatias, 6,5 10 mil nascidos vivos (IC95% 5,9; 7,2). Fendas orais, anomalias de órgãos genitais e defeitos de parede abdominal alternaram da terceira à quinta posições. Conclusões Recém-nascidos com maior risco biológico e filhos de mulheres com maior vulnerabilidade sociodemográfica apresentaram maiores prevalências de anomalias. A lista de anomalias congênitas prioritárias deve ser inserida nos programas de tabulações de dados do Sinasc.
Resumen Objetivo Describir la prevalencia de anomalías congénitas según características maternas, asistenciales y de nacidos vivos en el estado de Río de Janeiro, de 2019 a 2021. Métodos Estudio transversal. Los nacidos vivos se describieron según sexo, peso, edad gestacional, Apgar y características maternas sociodemográficas, reproductivas y asistenciales. Los datos fueron obtenidos del Sistema de Información de Nacidos Vivos (Sinasc). Las anomalías fueron clasificadas según la lista de anomalías congénitas prioritarias para la vigilancia en el ámbito del Sinasc. Se calcularon la prevalencia y sus respectivos intervalos de confianza del 95% (IC95%). Resultados La prevalencia de anomalías fue de 68,7/10 mil nacidos vivos, alta en hijos de madres negras (75,9/10 mil nacidos vivos), <20 años (74,8 10 mil nacidos vivos) y ≥35 años (83,8 10 mil nacidos vivos), en recién nacidos <1.500 g (189,2 10 mil nacidos vivos) y de 22 a 31 semanas de gestación. (154,8 10 mil nacidos vivos). La prevalencia de anomalías prioritarias fue de 45,8 10 mil nacidos vivos, el doble que la prevalencia de anomalías no clasificadas (22,9 10 mil nacidos vivos). Predominaron los defectos de las extremidades, con una prevalencia de 22,5 10 mil nacidos vivos (IC95% 21,3; 23,7), seguido de las enfermedades cardíacas, 6,5 10 mil nacidos vivos (IC95% 5,9; 7,2). Las fisuras bucales, las anomalías de los órganos genitales y los defectos de la pared abdominal se alternaron de la tercera a la quinta posición. Conclusione s: Los recién nacidos con mayor riesgo biológico y los hijos de mujeres con mayor vulnerabilidad sociodemográfica tuvieron mayor prevalencia de anomalías. La lista de anomalías congénitas prioritarias debe insertarse en los programas de tabulación de datos del Sinasc.
Abstract Objective To describe prevalence of congenital anomalies according to maternal, health care, and newborn characteristics in the state of Rio de Janeiro, from 2019 to 2021. Methods This was a cross-sectional study. Live births were described according to sex, birthweight, gestational age, Apgar score, and maternal sociodemographic, reproductive, and health care characteristics. Data were obtained from the Live Birth Information System (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - Sinasc). Anomalies were classified according to the list of priority congenital anomalies for surveillance within the scope of Sinasc. We calculated prevalence rates and respective 95% confidence intervals (95%CI). Results The prevalence rate of congenital anomalies was 68.7/10,000 live births, and was high in children of mothers who were Black (75.9/10,000 live births), <20 years old (74.8 10,000 live births) and ≥35 years old (83.8 10,000 live births), as well as in newborns <1500 g (189.2 10,000 live births) and newborns with gestational age of 22 to 31 weeks (154.8 10,000 live births). The prevalence rate of priority anomalies was 45.8 10,000 live births, twice the prevalence of unclassified anomalies (22.9 10,000 live births). Limb defects predominated, with a prevalence rate of 22.5 10,000 live births (95%CI 21.3; 23.7), followed by heart defects, 6.5 10,000 live births (95%CI 5.9; 7.2). Oral clefts, genital organ anomalies and abdominal wall defects alternated from third to fifth positions. Conclusions Newborns with higher biological risk and born to women with greater sociodemographic vulnerability presented higher prevalence of anomalies. The list of priority congenital anomalies should be included in the Sinasc data tabulation programs.