Novos discursos no contexto do Sistema Único de Saúde têm demandado um olhar crítico sobre o autocuidado. Este é um estudo de caráter qualitativo baseado teórico-metodologicamente no construcionismo social. O objetivo foi descrever sentidos de autocuidado produzidos em grupos comunitários num contexto da Estratégia de Saúde da Família. A coleta de dados se deu durante o ano de 2001, totalizando 28 participantes na faixa etária de 50 anos, aproximadamente. As conversas foram gravadas, transcritas e analisadas dando visibilidade às versões de autocuidado. A análise dos dados, utilizando o referencial do construcionismo social, permitiu ampliar os sentidos de autocuidado em referência à adesão ao tratamento, favorecendo uma reflexão sobre sua complexidade e as necessidades mais amplas que vão além da adesão a um medicamento prescrito. Diálogo e foco na relação são apresentados como recursos transformativos das práticas de cuidado e autocuidado, possibilitando a construção de ações numa perspectiva mais integral e co-responsável.
New discourses about healthcare in the context of the Unified Healthcare System have demanded a more critical view of self-care. This is a qualitative study with its theoretical background based on social constructionism theory. The objective was to describe meanings of self-care constructed in community groups which are part of the Family Healthcare Program in Brazil. The data collection occurred during 2001, totaling 28 participants with an average age of 50 years old. The conversations were recorded, transcribed, and analyzed, giving visibility to their versions of self-care. The analysis, based on social construction, amplified these meanings of self-care, enhancing reflection about their complexity and broadening necessities, which go beyond simple adherence to a prescribed medication. Dialogue and the focus on relationships are presented as transformative resources for the practices of care and self-care, making possible the construction of actions in a perspective of integrality and co-responsibility.
Los nuevos discursos en el contexto del Sistema Unificado de Salud han exigido una mirada más crítica sobre el auto-cuidado. Este es un estudio de carácter cualitativo, basado teórica y metodológicamente en el construccionismo social. Su objetivo es describir los sentidos del auto-cuidado producidos en grupos comunitarios en el contexto de la Estrategia de la Salud de la Familia. Los datos fueron recolectados durante el año 2001, totalizando 28 participantes con 50 años de edad, aproximadamente. Las conversaciones fueron grabadas, transcritas y analizadas dando visibilidad a las versiones del auto-cuidado. El análisis, basado en una perspectiva construccionista, permitió ampliar los sentidos del auto-cuidado, favoreciendo una reflexión sobre su complejidad, señalando necesidades más amplias, diferentes de la adopción de un medicamento prescrito. Diálogo y foco en la relación son presentados como recursos transformadores de las prácticas de cuidado y auto-cuidado, los cuales posibilitan la construcción de acciones dentro de una perspectiva más integral y co-responsable.