RESUMO Introdução O Núcleo de Apoio Pedagógico Interinstitucional Sul II (Napisul II) foi estabelecido em agosto de 2010 com o apoio da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), tendo o propósito específico de formulação, implementação e análise do teste de progresso. Objetivo Verificar se os resultados do teste de progresso podem ser usados como indicador para melhorar a qualidade do curso de Medicina. Métodos Foram realizados três estudos transversais institucionais durante os três anos da aplicação deste teste no curso de Medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), localizada na Região Sul do Brasil. Todos os participantes do estudo eram estudantes de graduação em Medicina na Unesc e haviam feito o teste de progresso em 2011, 2012 e 2013. A análise estatística foi realizada com um nível de confiança de 95%. Resultados A adesão média ao longo dos três anos variou de 91,8% a 100%. Em 2011, o curso de Medicina da Unesc obteve classificação igual ou superior à média dos oito cursos que compõem o Napisul II até a oitava fase e ficou abaixo da média na quinta e sexta fases. Em 2012, a Unesc novamente foi classificada com desempenho mediano até a sétima fase. Na oitava fase, a classificação da Unesc foi significativamente maior do que a média global, e assim, na quinta fase, o curso não diferiu da média do grupo. No entanto, na sexta fase, a classificação do curso foi significativamente inferior à média. Em 2013, a Unesc foi novamente classificada com desempenho mediano até a oitava fase, e nas últimas três fases o curso foi classificado acima da média. Conclusão: O teste de progresso é um excelente indicador para os gestores, pois pode ser usado para desenvolver intervenções para melhorar a qualidade dos cursos. Após a aplicação do primeiro teste foram realizadas mudanças no curso de Medicina da universidade. Testes posteriores demonstraram a eficácia dessas mudanças.
ABSTRACT Introduction The Núcleo de Apoio Pedagógico Interinstitucional Sul II (Napisul II) was established in August 2010 with the support of the Brazilian Association of Medical Education (Abem) with the specific purpose of formulating, implementing and analyzing the progress test. Objective To verify whether the results of the progress test can be used as an indicator to improve the degree course in medicine. Methods We performed three cross-sectional studies of institutional households during the three years of the application of the test in the medical school at the University of Extremo Sul Catarinense (Unesc), South Brazil. All participants in the study were undergraduate students in medicine at the Unesc who had taken the progress test in 2011, 2012, and 2013. Statistical analysis was performed with a 95% confidence level. Results Mean adherence over the three years ranged from 91.8% to 100%. In 2011, the medical program at the Unesc ranked equal to or above the average for the eight Napisul II schools until the eighth stage and ranked below average in the fifth and sixth years. In 2012, the Unesc again was ranked in the average range until the seventh stage. In the eighth stage, the Unesc’s ranking was significantly higher than the overall average, and thus, in the fifth year, the school was on par with the group average. However, in the sixth year, the school’s ranking was significantly below average. In 2013, Unesc was again ranked in the middle of the group until the eighth phase, and in the last three phases, the school was ranked above average. Conclusion The progress test is an excellent indicator for managers, as it can be used to develop interventions to improve the quality of the courses. After the first test was administered and changes in the school’s courses were implemented, subsequent tests demonstrated the effectiveness of the changes.