Resumo O presente artigo tem como objetivo mostrar as formas como os debates feministas em torno da prostituição em Belo Horizonte se atualizam e adquirem novos contornos a partir da emergência da “Marcha das Vadias” e de sua relação com o movimento de prostitutas. O artigo apresenta parte dos dados da pesquisa de doutorado concluída por uma das autoras em 2015, incluindo métodos como observação participante, entrevistas em profundidade, coleta documental, dentre outros. No que toca à Marcha das Vadias de Belo Horizonte, realizamos etnografia das edições de 2012, 2014 e 2015, participando também das listas de discussão e grupos de organização e avaliação da mesma. Observamos que a Marcha das Vadias se mostra aberta ao diálogo com as prostitutas na cidade, mas que esse debate é frequentemente perpassado por concepções prévias e pouca margem para construções e ações efetivamente conjuntas.
Abstract This article aims to show the ways in which feminist debates on prostitution at Belo Horizonte are updated and acquire new characteristics from the emergence of the “Slutwalk” and its relation with the prostitutes movement. The article presents part of the doctoral research data completed by one of the authors in 2015, including methods such as participant observation, in-depth interviews, documents collection, among others. Regarding the Slutwalk of Belo Horizonte, we conducted ethnography of the editions of 2012, 2014 and 2015, also participating in the mailing lists and the Facebook group of the organization members. We observed that the Slutwalk showed open to dialogue with the prostitutes in the city, but this debate is often permeated by preconceptions and gives little room for effective joint structures and actions.
Resumen Este artículo tiene como objetivo mostrar las formas en que se actualizan o reformulan los debates feministas acerca de la prostitución en Belo Horizonte con la aparición de “Slutwalk”. El artículo presenta parte de los datos de investigación de doctorado completados por una de las autoras en 2015, incluyendo métodos tales como la observación participante, entrevistas en profundidad, análisis documental, entre otros. En cuanto a la Slutwalk de Belo Horizonte, se realizó la etnografía de las ediciones de 2012, 2014 y 2015, participando también en la organización de listas de correo electrónico y grupos y la evaluación de la misma. Se observó que la Slutwalk se muestra abierta al diálogo con las prostitutas en la ciudad, pero este debate es a menudo impregnado de ideas preconcebidas y con poco espacio para las estructuras y acciones conjuntas eficaces.