Resumo O artigo analisa os modos como o programa RuPaul’s Drag Race desdobra-se através de plataformas digitais visando a compreensão das performatizações de self e, em consequência, de gêneros, que são acionadas nesses processos marcados pela convergência e pelo espalhamento mediático. Através de um uso experimental da análise de construção de sentidos em redes digitais, são tecidas inferências sobre os comentários da página oficial do programa e da página criada por fãs brasileiros RuPaula – ambas do Facebook. A primeira parte do texto problematiza noções de performance, self e performatividade do sexo/gênero, intuindo as maneiras como no contexto dos media tais processualidades têm suas potências semióticas intensificadas, podendo romper com quadros (hetero)normativos. Na segunda parte, os materiais analisados permitem visualizar um jogo de performances que fazem pensar em uma pretensa semiodiversidade que é instaurada em redes específicas mobilizadas pelo reality.
Abstract The article analyses the ways in which the RuPaul’s Drag Race programme unfolds through digital platforms aimed at understanding the performations of self and, consequently, of genres that are triggered in those processes marked by convergence and spreadable media. Through an experimental use of the analysis of sense construction in digital media, inferences are made about the comments of the official page of the programme and the page created by Brazilian fans RuPaula – both from Facebook. The first part of the text problematizes notions of performance, self and performativity of sex/gender, intuiting the ways in the media context such processualities have their intensified semiotic potential being able to break with (hetero)normative frames. In the second part, the analysed materials allow us to visualize a set of performances that make us think of a pretended semiodiversity that is established in specific networks mobilized by reality show.
Resumen El artículo analiza los modos como el programa RuPaul’s Drag Race se desdobla a través de plataformas digitales buscando la comprensión de las performatizaciones de self y, en consecuencia, de géneros, que se accionan en esos procesos marcados por la convergencia y el esparcimiento mediático. A través de un uso experimental del análisis de construcción de sentidos en redes digitales, se tejen inferencias sobre los comentarios de la página oficial del programa y de la página creada por fans brasileños, RuPaula - ambas de Facebook. La primera parte del texto problematiza nociones de rendimiento, self y performatividad del sexo/género, intuyendo las maneras como en el contexto de los medios tales procesualidades tienen sus potencias semióticas intensificadas pudiendo romper con cuadros (hetero)normativos. En la segunda parte, los materiales analizados permiten visualizar un juego de performances que hacen pensar en una pretendida semiodiversidad que es instaurada en redes específicas movilizadas por el reality.