Estudos a respeito da obesidade indicam que, para além de questões genéticas, seu surgimento pode estar associado às primeiras relações interpessoais. O presente artigo tem como objetivo discutir as contribuições que a clínica da parentalidade pode trazer para o tratamento da obesidade infantil a partir de recortes de um caso clínico. Para tanto, será apresentado o conceito de parentalidade, sua derivação clínica e questões da contemporaneidade que interferem no processo de se tornar pai e mãe. A interpretação do material clínico revelou que o comportamento de comer compulsivo da criança estava relacionado à fragilização parental, em acordo com os dados da literatura. Assim, trabalhar no contexto da clínica da parentalidade pode favorecer a melhora do sintoma na medida em que liberta a criança de um legado inenarrável e fortalece tanto o lugar subjetivo da criança quanto as funções parentais. Além disso, nos casos necessários, pode contribuir para a construção de uma demanda para terapia familiar.
Studies about obesity show that, in addition to possible genetic constitution, its appearance may be associated with early interpersonal relationships. This paper aims to discuss, through clips of a clinical case, contributions that the clinic of parentality may have for the treatment of infantile obesity. For this purpose, the concept of parentality, its clinical derivation and issues related to contemporaneity which interfere in the process of becoming a mother and a father will be introduced. The interpretation of the clinical material revealed that the child behavior of eating compulsively was related to parental fragility, according to the scientific literature. Thus, working in the context of the clinic of parentality may favor relieving of the symptom as it releases the child of an unspeakable legacy and strengthens its subjective position and parental functions. Furthermore, when necessary, it's possible to contribute for bringing up a demand for family therapy.
Estudios con respeto a la obesidad indican que, además de cuestiones genéticas, su surgimiento puede estar asociado a las primeras relaciones interpersonales. El presente artículo tiene por objetivo discutir las contribuciones que la clínica de la parentalidad puede traer para el tratamiento de la obesidad infantil, a partir de recortes de un caso clínico. Para tanto, será presentado el concepto de parentalidad, su derivación clínica y cuestiones de la contemporaneidad que interfieren en el proceso de tornarse padre y madre. La interpretación del material clínico reveló que el comportamiento de comer compulsivo del niño estaba relacionado a la fragilidad parental, de acuerdo con los datos de la literatura. Así, trabajar en el contexto de la clínica de la parentalidad puede favorecer la mejora del síntoma en la medida en que liberta el niño de un legado inenarrable y fortalece tanto el lugar subjetivo del niño como las funciones parentales. Además, en los casos en que es necesario, pueden contribuir para la construcción de una demanda para terapia familiar.