RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os distúrbios musculoesqueléticos se acentuam com o avanço da idade. Dentre eles, a dor crônica pode influenciar em diversos aspectos funcionais, como a força de preensão manual, especialmente em idosos institucionalizados. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de dor crônica e analisar a força de preensão manual em idosos institucionalizados. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional, realizado em instituições de longa permanência de Passo Fundo/RS (2016-2018). A população foi composta por 281 residentes, avaliados quanto às variáveis sociodemográficas (registros médicos), a força de preensão manual (dinamometria manual) e a dor crônica (autorrelato). A análise estatística utilizou a estatística descritiva e o teste t Student de amostras independentes (p≤0,05). RESULTADOS: A amostra foi composta por 173 idosos (80,95±8,94 anos). A maioria residia em instituições privadas, eram mulheres, viúvas e com escolaridade de 1 a 8 anos. A prevalência de dor crônica foi de 39,3% e a força de preensão manual média foi de 7,0±6,42kg (mão direita) e 6,24±5,96kg (mão esquerda). A força de preensão manual foi maior nos grupos dos idosos do sexo masculino (mãos direita e esquerda: p=0,000) e dos idosos não longevos (mão direita p=0,017; mão esquerda p=0,002). Não houve diferença nos valores de força de preensão manual entre os grupos com e sem dor crônica (p>0,05). CONCLUSÃO: Idosos institucionalizados apresentam uma expressiva prevalência de dor crônica e valores de força de preensão manual muito abaixo do esperado, sendo influenciada pelo sexo e pela idade.

ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Musculoskeletal disorders are accentuated with aging. Among these, chronic pain can influence several functional aspects such as handgrip strength, especially in institutionalized elderly. The objective of this study was to check the prevalence of chronic pain and to analyze the handgrip strength in institutionalized elderly. METHODS: A cross-sectional, population-based study was carried out at long-term care facilities in Passo Fundo/RS (2016-2018). The population was composed of 281 residents, evaluated for sociodemographic variables (medical records), handgrip strength (manual dynamometry), and chronic pain (self-report). The statistical analysis used the descriptive statistics and the Student t-test of independent samples (p≤0.05). RESULTS: The sample consisted of 173 elderly individuals (80.95±8.94 years). The majority lived in private institutions, were women, widows, with 1 to 8 years of education. The prevalence of chronic pain was 39.3%, and the mean handgrip strength was 7.0±6.42kg (right hand) and 6.24±5.96kg (left hand). The handgrip strength was higher in the groups of elderly men (right and left hands: p=0.000) and non-long-living seniors (right hand: p=0.017; left hand: p=0.002). There was no difference in handgrip strength values between the groups with and without chronic pain (p>0.05). CONCLUSION: Institutionalized elderly present an expressive prevalence of chronic pain and handgrip strength values much lower than expected, being influenced by gender and age.