Abstract This article aims to reflect on some current theoretical challenges that characterize the historical and geological temporalization of the notion of the Anthropocene. The advent of such a notion reveals the intersection of human and non-human temporalities, which, in turn, imposes a series of questions on the task, carried out by both stratigraphic science and the historical discipline of analyzing, measuring and temporally arranging events and human and environmental processes. Therefore, the article first analyzes the scientific disputes to define the temporal extension of the Anthropocene. In the second part, it deals with the foundations that support the mid-20th century as the beginning of the geological epoch of humans as proposed by the scientific institution in charge of formalizing the Anthropocene. Finally, it analyzes the theoretical dilemmas regarding the relationships between causality and historical temporality implicit in the recognition that the Earth System is distancing itself from Holocene conditions due to human agency. The discussions that follow are based on a body of documents constructed by reports and scientific articles on the topic, in addition to contributions from authors who have reflected on the dissolution of the boundaries between human and geological time, such as Tamm and Simon (2020) , Turin (2022) and Chakrabarty (2021). In this article, the very gesture of periodizing is the object of analysis, since interpretations and periodizations are part of the dilemmas and complex situations that present themselves to those who live in a certain historical context. Anthropocene nonhuman non temporalities which turn task analyzing processes Therefore mid20th midth mid 20th th Finally agency topic time 2020 (2020 2022 (2022 2021. 2021 . (2021) analysis context 202 (202 (2021 20 (20 2 (2 (
Resumo O presente artigo tem como objetivo refletir sobre alguns desafios teóricos atuais que caracterizam a temporalização histórica e geológica da noção de Antropoceno. O advento de tal noção revela o entrecruzamento de temporalidades humanas e não humanas, o que, por sua vez, impõe uma série de questões à tarefa, desempenhada tanto pela ciência estratigráfica quanto pela disciplina histórica de analisar, medir e dispor temporalmente eventos e processos humanos e ambientais. Tendo isso em vista, no primeiro momento o artigo analisa as disputas científicas para definir a extensão temporal do Antropoceno. Na segunda parte, trata dos fundamentos que sustentam a metade do século XX como início da época geológica dos humanos conforme propõe a instituição científica encarregada de formalizar o Antropoceno. Por fim, analisa os dilemas teóricos acerca das relações entre causalidade e temporalidade histórica implícitos ao reconhecimento de que o Sistema Terra está se distanciando das condições do Holoceno em virtude do agenciamento humano. As discussões que se seguem se baseiam em um corpo documental construído por relatórios e artigos científicos sobre o tema, além das contribuições de autores que tem se dedicado a refletir sobre a dissolução das fronteiras entre tempo humano e geológico, tais como Tamm e Simon (2020), Turin (2022) e Chakrabarty (2021). Neste artigo, o próprio gesto de periodizar é objeto de análise, visto que intepretações e periodizações são parte dos dilemas e situações complexas que se apresentam aos que vivem uma determinada conjuntura histórica. Antropoceno vez tarefa analisar ambientais vista fim tema geológico 2020, 2020 , (2020) 2022 (2022 2021. 2021 . (2021) análise 202 (2020 (202 (2021 20 (20 2 (2 (