Resumo Objetivos: determinar a frequência e os fatores associados à internação de recém-nascidos em UTI neonatal no município de Joinville, Santa Catarina. Métodos: estudo transversal com base nos registros de nascidos vivos (DNV) e de internações em Unidades de Terapia Intensivas (UTI) neonatais em 2012. Para avaliar associações entre variáveis explicativas e desfecho foram estimados odds ratios (OR) brutos e ajustados e respectivos intervalos de confiança de 95% com a técnica de regressão logística. Resultados: a frequência de internação em UTI neonatal foi de 11,7% (9,69-13,7). Baixo peso ao nascer (ORaj = 8,1 [6,3 - 10,3]), malformação congênita (ORaj = 6,0 [3,2 – 11,2]), Apgar de 5º minuto < 7 (ORaj = 5,7 [2,6 - 12,3]), prematuridade (ORaj = 3,4 [(2,7 – 4,1]), sexo masculino (ORaj = 1,5 [1,2 - 1,8]), hospital público (ORaj = 2,0 [1,6 - 2,4]), mãe sem companheiro (ORaj = 1,4 [1,2 - 1,7]), baixa escolaridade materna (ORaj = 1,4 [1,2 - 1,7]) e < 7 consultas no pré natal (ORaj = 1,3[1,1 - 1,6]) constituíram fatores de risco para internação. Conclusões: as características biológicas dos recém-nascidos associadas à internação em UTI neonatal são passíveis de prevenção, evidenciando a importância da qualificação da assistência à gestante e recém-nascido.
Abstract Objectives: to determine the frequency of and factors associated with the admission of newborns to neonatal ICU in the municipality of Joinville, Santa Catarina. Methods: a cross-sectional study was conducted based on the records of live births (DNV) and admissions to neonatal intensive care units (NICUs) in 2012. To evaluate associations between the explanatory variables and the outcome, the crude and adjusted odds ratios (OR) were calculated with respective confidence intervals of 95% using the logistic regression technique. Results: the frequency of admission to NICU was 11.7% (9.69-13.7). Low birth weight (ORadj = 8.1 [6.3 – 10.3]), congenital deformity (ORadj = 6.0 [3.2 – 11.2]), a 5th minute Apgar score < 7 (ORadj = 5.7 [2.6 – 12.3]), prematurity (ORadj = 3.4 [(2.7 – 4.1]), male sex (ORaj = 1.5 [1.2 – 1.8]), public hospital (ORadj = 2.0 [1;6 – 2.4]), single mother (ORadj = 1.4 [1.2 – 1.7]), low level of education of mother (ORadj = 1.4 [1.2 – 1.7]) and < 7 prenatal consults (ORadj = 1.3[1.1 – 1.6]) were found to be risk factors for admission. Conclusions: the biological characteristics of the newborns associated with admission to neonatal intensive care units are susceptible to prevention, thereby demonstrating the importance of improving care for pregnant women and newborns.