A administração de insulina geralmente é realizada com seringa e agulha. Porém, a injeção é freqüentemente considerada dolorosa e traumática, causando problemas psicossociais em muitos pacientes com diabetes. Reconhece-se que as canetas de injeção de insulina são mais convenientes, causam menos dor à injeção e melhoram a qualidade de vida dos pacientes. Este estudo examinou a aceitabilidade e funcionalidade de uma nova caneta de administração de insulina reutilizável, Humapen®, em 94 pacientes diabéticos tipo 1 e 2, os quais usavam insulina por um tempo mediano de 7,8 anos com 2,7+3,0 aplicações por dia. Quarenta e dois porcento deles usava outras canetas, e os 58% restantes usava seringas. Os pacientes fizeram uso de Humapen® por 8 semanas, mantendo o esquema de insulinização prévio. Todos os pacientes completaram o estudo. Os resultados em pacientes em uso prévio de seringa ou canetas foram semelhantes. As características mais mencionadas como superiores em relação ao método de administração anterior foram a facilidade de ajustar/usar (89%), medição/correção/leitura da dose (88%) e troca do cartucho (80%). Noventa e oito porcento dos usuários prévios de seringa preferiu Humapen® à seringa, e cerca de 80% dos pacientes preferiu Humapen®, à caneta anterior. Nenhum paciente abandonou o uso da caneta e, ao final do estudo, 92% dos pacientes respondeu que continuaria usando Humapen®. Treze porcento mencionou alguma dificuldade com a caneta, e as razões mais freqüentes foram o tamanho da caneta e a adaptação inicial. Não houve relato de evento adverso ou problemas técnicos com a caneta. Os profissionais de saúde não referiram dificuldades na instrução da caneta ou na leitura/ ajuste de dose, e ao final do estudo, 100% deles referiu que continuaria recomendando Humapen®. O uso de caneta de insulina deve ser considerado em pacientes diabéticos, tanto naqueles com esquema de mistura fixa, de insulina basal intermediária, como naqueles em esquema de injeções múltiplas.
Traditionally, insulin has been injected using a syringe and a needle. However, injections are frequently considered painful and traumatic, causing psychological/social problems in many patients with diabetes. Insulin injection pens have been found to be more convenient, cause less pain and improve patients' quality of life. We studied the acceptance and functionality of a new reusable insulin pen, Humapen®, in 94 type 1 and type 2 diabetic patients. The patients used insulin for a median period of 7,8 years with 2.7+3.0 injections per day. 42% of them were in previous use of other pens, and the remaining was using syringes. The patients used Humapen® for 8 weeks, maintaining their previous insulin regimen. All patients completed the study. The results with previous users of syringes or pens were similar. Humapen® characteristics most frequently referred by the patients as superior in relation to the previous administration method, and the characteristics most mentioned were: easiness of adjustment/ use (89%), measurement/correction/reading of the dose (88%) and cartridge change (80%). 98% of the previous syringe users, preferred Humapen® to syringe and about 80% of the patients preferred Humapen® to the previous pen. No patient stopped using the pen, and at the end of the study, 92% of the patients answered that they would continue using Humapen®. 13% of the patients referred difficulty with the pen, and the most frequent reasons were the pen size and initial adaptation. There were no adverse events or technical problems with the pen. Health care professionals had no difficulties with the instructions of pen use or reading/adjustment of the dose, and at the end of the study 100% of them said they would continue recommending Humapen®. The use of an insulin pen should be considered in diabetic patients, in patients with fixed mixtures, basal intermediate insulin, and especially in multiple injections regimens.