Resumo O estudo caracterizou a qualidade da dieta dos trabalhadores de saúde de um hospital escola de Pelotas-RS após o primeiro pico da pandemia de COVID-19, entre outubro e dezembro de 2020. Realizou-se um estudo transversal com 1.159 trabalhadores do hospital, avaliando a frequência alimentar da última semana e a associação entre aspectos sociodemográficos, comportamentais e ocupacionais e o índice de qualidade da dieta, por regressão logística multinomial. Entrevistados do sexo feminino (OR = 1,58), com 50 anos ou mais (OR = 3,70), com ensino superior (OR = 1,32) e fisicamente ativos (OR = 5,37) apresentaram melhor qualidade da dieta. Já os que faziam consumo alto de álcool (OR = 0,39), trabalhadores do apoio (segurança, higienização e manutenção) (OR = 0,36) e que realizaram suas refeições na rua (OR = 0,40) apresentaram pior qualidade da dieta. Durante a pandemia, 48,7% relataram aumento de peso, 25% piora na qualidade e 43,1% aumento na quantidade dos alimentos consumidos. O excesso de peso foi de 63,4%. Os trabalhadores consumiam tanto alimentos saudáveis como não saudáveis e a pandemia afetou negativamente a qualidade da dieta.
Abstract The study characterized the quality of the diet of healthcare workers at a teaching hospital in Pelotas-RS, Brazil, after the first peak of the COVID-19 pandemic, between October and December 2020. A cross-sectional study was conducted with 1,159 hospital workers, assessing their food frequency in the last week and examining the association between sociodemographic, behavioral, and occupational factors and the Diet Quality Index using multinomial logistic regression. Female respondents (OR = 1.58), those aged 50 or older (OR = 3.70), with more years of schooling (OR = 1.32), and physically active individuals (OR = 5.37) had better diet quality. Conversely, those with high alcohol consumption (OR = 0.39), support workers (security, cleaning, and maintenance) (OR = 0.36), and those who ate their meals on the street (restaurants, snack bars) (OR = 0.40) had poorer diet quality. During the pandemic, 48.7% reported weight gain, 25% reported a deterioration in diet quality, and 43.1% reported an increase in the quantity of food consumed. The prevalence of overweight was 63.4%. Workers consumed both healthy and unhealthy foods, and the pandemic negatively impacted diet quality.
Resumen El estudio caracterizó la calidad de la alimentación de los trabajadores de la salud de un hospital docente de Pelotas-RS tras el primer pico de la pandemia de COVID-19 entre octubre y diciembre de 2020. Se realizó un estudio transversal con 1.159 trabajadores del hospital, evaluando la frecuencia de alimentos de la última semana y la asociación entre aspectos sociodemográficos, conductuales y ocupacionales y el Índice de Calidad de la Dieta, mediante regresión logística multinomial. Las mujeres encuestadas (OR = 1,58), de 50 años o más (OR = 3,70), con educación superior (OR = 1,32) y físicamente activas (OR = 5,37) tenían una mejor calidad de dieta. Los que consumían mucho alcohol (OR = 0,39), los trabajadores de apoyo (seguridad, limpieza y mantenimiento) (OR = 0,36) y los que comían en la calle (OR = 0,40) tenían peor calidad de la dieta. Durante la pandemia, el 48,7% reportó un aumento de peso, el 25% reportó una disminución en la calidad de los alimentos consumidos y el 43,1% reportó un aumento en la cantidad de alimentos consumidos. El exceso de peso fue del 63,4%. Los trabajadores consumían alimentos tanto saludables como no saludables y la pandemia afectó negativamente la calidad de la dieta.