A trajetória dos estudantes da khâgne de origem popular, muitos deles entre os sociólogos debutantes dos anos 1960, permite explicar as condições de uma "revolução científica" que se apoiaram sobre a reconversão, para a sociologia, de aprendizes de filósofos formados em um curso de elite dos mais tradicionais e conservadores do ponto de vista dos valores universitários (com latim, grego, domínio da dissertação). A relação ambivalente com a cultura dominante, da qual eles são o produto, se explica na realidade pelo domínio de uma cultura "erudita" que se torna o motor de uma reconversão a uma só vez política, identitária e profissional.
Khâgne is the name of the classes préparatoires training for the entrance examinations in the "humanities" for the Grandes écoles. The trans-class trajectory of the sociogists coming from working class, a significant important group by the intellectuals of the generation of 1960, is perhaps one of the main raisons of the success of a "scientific revolution" in the french social sciences. The analysis of the ambivalent relation with the Elite Culture was the critical instrument of a political, personal and professional reconversion.
RÉSUMÉ La trajectoire des khâgneux d'origine populaire, nombreux parmi les sociologues débutants des années 1960, permet d'expliquer que les conditions d'une "révolutions scientifique" aient pu s'appuyer sur la reconversion vers la sociologie d'apprentis philosophes formés dans la filière d'élite la plus traditionnelle du point de vue des valeurs universitaires (latin, grec, maîtrise de la dissertation etc.). L'analyse du rapport ambivalent en envers la culture dont ils sont le produit s'avère l'instrument critique d'une reconversion à la fois politique, identitaire et professionnelle.