Neoleucinodes elegantalis (Guenée) é uma das pragas mais sérias do tomate em várias regiões do Brasil. A fêmea deposita seus ovos no cálice ou nos frutos em desenvolvimento, e logo após a eclosão a larva penetra no fruto, onde permanece até a pupação. Depois que a larva entra no fruto, inseticidas e agentes de controle biológico são relativamente ineficazes. Como N. elegantalis é mais suscetível a métodos de controle quando a larva encontra-se no exterior do hospedeiro, seria vantajoso conhecer o período de tempo necessário para o desenvolvimento dos ovos e quanto tempo a larva passa na superfície do fruto. Para responder estas questões, detalhados estudos comportamentais foram conduzidos. Ovos foram coletados no campo e mantidos em câmara ambiental a 20°C, 75 ± 5% U.R., e fotoperíodo de 12L:12E. O horário de eclosão foi registrado com uma câmera de vídeo, enquanto que o comportamento da larva e o tempo requerido para que ela penetre no fruto foram determinados com observações visuais. A maioria dos ovos (93%) eclodiu dentro das primeiras duas horas da fotofase. Larvas passaram 51,1 ± 31,1 (média ± erro padrão) min na superfície do fruto. Uma vez que sítios adequados eram identificados, as larvas necessitaram de 23,8 ± 19,4 min adicionais para entrar completamente nos frutos. Oitenta e seis por cento das larvas penetram com sucesso no fruto. Destas, 42% selecionaram a porção superior, 18% selecionaram a porção média, e 40% selecionaram a porção inferior do fruto.
In several regions of Brazil, Neoleucinodes elegantalis (Guenée) is one of the most serious tomato pests. The moth lays eggs on the calyx or developing fruit, and shortly after eclosion larvae penetrate into the fruit, where they remain until pupation. Once larvae have entered the fruits, insecticides and biological control agents are relatively ineffective. Because N. elegantalis is most susceptible to conventional treatments when the larvae are outside the host tissues (or fruit), it would be advantageous to know the time required for egg development and the length of time that the larvae spend on the surface of the fruit. To answer these questions detailed behavioral studies were untaken. Eggs were collected from the field and maintained in an environmental chamber at 20°C, 75 ± 5% R.H., and a 12L:12D photoperiod. The time of egg eclosion was recorded with a video camera, whereas larval behavior and time required to enter the fruit were determined by direct observations. The majority of eggs (93%) hatched within the first two hours after the beginning of photophase. Larvae spent 51.1 ± 31.1 (mean ± SEM) min on the surface of the fruits. Once a suitable site was identified, larvae required an additional 23.8 ± 19.4 min to completely enter the fruit. Eighty-six percent of the larvae were successful in penetrating the fruit. Of the larvae that bored into the fruit, 42% selected the upper portion, 18% selected the middle portion, and 40% selected the lower portion.
