O diagnóstico da úlcera gastroesofágica (UGE) é fundamental para que se tente a recuperação dos afetados, entretanto há grande dificuldade na sua realização de forma precisa. Modernos endoscópios são ferramentas importantes nesse sentido e podem ser usados para determinar em que fase da criação a ulceração ocorre. A bactéria Helicobactertem sido associada à UGE e gerado perdas econômicas. Tendo em vista que poucos trabalhos têm sido realizados para identificação do problema precocemente, este estudo teve como objetivo detectar as lesões relacionando-as, ou não, com a bactéria Helicobacterspp., mediante análises macroscópica e histopatológica de amostras colhidas por meio da gastroscopia. Foram utilizados 20 animais de ambos os sexos, pesando entre 22 e 26kg e com 65 dias de idade. O aparelho utilizado foi um gastrovideoscópio da marca Karl Storz, modelo 1380NKS. Foram colhidas amostras das regiões anatômicas aglandular (quadrilátero esofágico) e glandular (cárdica, fúndica e pilórica) para o teste ultrarrápido da urease e para as avaliações histopatológicas e imuno-histoquímicas. Onze animais apresentaram lesões na região aglandular à endoscopia, e microscopicamente 15 animais apresentaram paraqueratose. Em 18 animais, foram observadas alterações em pelo menos uma das três regiões glandulares. As lesões foram maiores na região cárdica, seguida da antral e da fúndica. Em relação ao teste ultrarrápido da urease, sete animais foram negativos nas quatro regiões, e 13 positivos em pelo menos uma delas. Em relação à imuno-histoquímica (IHQ), 10 animais foram negativos em todas as regiões e 10 foram positivos em pelo menos uma delas. Os achados pré-ulcerativos não demonstraram relação com o Helicobacterspp., que apresenta caráter saprofítico e oportunista confirmado pela sua imunomarcação em áreas sem lesão.
Gastroesophageal ulcer (GEU) diagnosis is fundamental for the treatment and recovery of the affected animal stock. GEU is a condition affecting animals, resulting in depletion of animal stock and subsequent economic losses. Helicobacter spp. have been associated with GEU. Modern endoscopes are important for detecting the stage of the breeding process at which the ulceration occurs. However, few studies regarding early detection of GEU have been conducted. Therefore, we aimed to identify whether GEU lesions were related to Helicobacter spp. infection, using gastroscopy as a diagnostic technique for macroscopic and histopathological analyses. Twenty piglets (both male and female) with a mean age of 65 days were included (weight, 22-26 kg). We used a Karl Storz Gastrovideoscope (model 1380NKS). Samples from nonglandular and glandular (cardia, fundus, and pylorus) regions were collected for the ultra-rapid urease test and for histopathological and immunohistochemical (IHC) evaluations. Eleven animals showed macroscopic lesions in the nonglandular region during endoscopy, and 15 animals showed parakeratosis on histological analysis. Lesions in at least 1 glandular region were observed in 18 animals. The lesions were bigger in the cardiac region, followed by those in the antrum and the fundus. Regarding the ultra-rapid urease test, 7 animals were negative in all 4 regions and 13 were positive in at least 1 region. On IHC, 10 animals were negative in all 4 regions and 10 were positive in at least 1 region. However, pre-ulcerative findings were not correlated with Helicobacter spp. infection in the present study. The positive IHC findings for Helicobacter spp in regions without ulcerative lesions suggest its saprophytic and opportunistic nature.