Este artigo tem por objetivo comparar a versão curta da escala de segurança alimentar, recomendada pela FAO, e a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Foi utilizado um questionário com as duas escalas, além de informações demográficas e socioeconômicas. Os índices de sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo e acurácia foram obtidos pela comparação dos valores entre as escalas. Com o intuito de avaliar a concordância entre os dois instrumentos, aplicou-se o teste Kappa. Das 230 famílias estudadas, mais da metade convivia com algum nível de insegurança alimentar, segundo a EBIA, e apenas 1/4 da amostra vivia nessa situação, de acordo com a versão curta. A comparação entre as escalas mostra concordância moderada tanto para analisar insegurança alimentar como um todo, quanto para analisar uma possível situa ção de fome, mesmo alterando o ponto de corte de ambas. Na análise dos parâmetros de validade, constatou-se que a versão curta apresenta baixa sensibilidade e alta especificidade em relação à EBIA. A versão curta apresenta baixa concordância quando comparada à EBIA. Logo, faz-se necessário a validação de um instrumento menor em relação à EBIA, de rápida e fácil aplicação.
The scope of this study was to evaluate the influence of the social determinants and the provision of primary care services in relation to the use of emergency dental care services in a medium-sized municipality. Data recorded for the 57,231 users of emergency care between 2007 and 2009, in accordance with age, gender, date and period of dental care, social exclusion indices of the suburb in which they live and the existence of a benchmark oral health team, were used to perform the analysis. Of the total population, 5.24% on average per year used the service during the period under scrutiny, with the 20-49 year age group (63.84%) showing the highest demand and equality between genders for such care. Surgical procedures (54.90%) were the most prevalent with an increasing trend for restorative procedures (62,8%). Users living in areas of greater social exclusion were 4.15 times more likely to seek dental care (p < 0.05). No statistically significant association was found between gender or the existence of an oral health team of the suburb in which they live and the demand for emergency dental care. In conclusion, there was greater recourse to emergency municipal dental care by individuals living in vulnerable areas, proving the importance of such care in diminishing oral health inequality.