Resumo A COVID longa é caracterizada por sintomas que persistem por mais de 12 semanas após uma infecção por SARS-CoV-2. No entanto, ainda há falta de conscientização sobre o tema. Este estudo de pesquisa investigou as percepções públicas sobre a COVID longa no Brasil, com foco na diversidade de sintomas percebidos após a fase aguda da COVID-19. Foram realizadas entrevistas com 1.295 participantes selecionados por quotas variáveis, de acordo com a distribuição populacional do país em cada região, com proporções definidas por dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2021 e do Censo IBGE de 2010, as quais revelaram que 40,6% relataram ter tido COVID-19 entre 2020 e 2023, sendo que 33,4% apresentaram sintomas por pelo menos três meses após a infecção. Os sintomas mais comuns incluíram fadiga (44,6%), dor de cabeça (43,7%), queda de cabelo (40,9%), perda de memória (34,7%) e dificuldade de concentração (28,7%). O estudo destaca que, embora os brasileiros tenham vivenciado os possíveis sintomas a longo prazo, eles desconhecem os detalhes da condição. Assim, ao aumentar a percepção pública sobre o tema, a sociedade se torna apta a cobrar das autoridades públicas de todas as esferas de poder, exigindo um melhor atendimento direcionado à COVID longa, insistindo em políticas públicas eficazes. A importância da educação social sobre o tema, portanto, é a base para um sistema de saúde melhor voltado ao cuidado da população.
Abstract Long COVID is characterized by symptoms that persist for more than 12 weeks after a SARS-CoV-2 infection. This study investigated public perceptions of long COVID in Brazil. Interviews were conducted with 1,295 participants selected based on variable quotas, according to the population distribution in each region of the country, using data from the 2021 National Household Sample Survey (PNAD) and the 2010 IBGE Census. The findings revealed that 40.6% reported having had COVID-19 between 2020 and 2023, with 33.4% experiencing persistent symptoms for at least three months. The most common symptoms included fatigue (44.6%), headache (43.7%), hair loss (40.9%), memory loss (34.7%), and difficulty concentrating (28.7%). The study highlights that Brazilians are unaware of the correlation between these symptoms and the acute phase of the disease. By increasing public awareness of the issue, society becomes more capable of demanding better healthcare services for long COVID and insisting on effective policies. The importance of social education on this topic is fundamental to improving the healthcare system.
Resumen La COVID prolongada se caracteriza por síntomas que persisten durante más de 12 semanas tras una infección por SARS-CoV-2. Este estudio investigó las percepciones públicas sobre la COVID prolongada en Brasil. Se realizaron entrevistas con 1.295 participantes seleccionados por cuotas variables, según la distribución poblacional del país en cada región, con proporciones definidas por datos de la Encuesta Nacional por Muestra de Hogares (PNAD) de 2021 y del Censo IBGE de 2010, que revelaron que el 40,6% reportó haber tenido COVID-19 entre 2020 y 2023, y el 33,4% presentó síntomas durante al menos tres meses después de la infección. Los síntomas más comunes incluyeron fatiga (44,6%), dolor de cabeza (43,7%), caída del cabello (40,9%), pérdida de memoria (34,7%) y dificultad para concentrarse (28,7%). El estudio destaca que aunque los brasileños han experimentado posibles síntomas a largo plazo, desconocen los detalles de la condición. De esta manera, al aumentar la conciencia pública sobre el tema, la sociedad se vuelve capaz de exigir cuentas a las autoridades públicas en todos los niveles de poder, exigiendo una mejor atención para la COVID prolongada e insistiendo en políticas públicas efectivas. La importancia de la educación social en el tema es la base para un sistema de salud mejor enfocado a la atención de la población.