O presente artigo tem como objetivo central compreender os processos de interferência da indústria fonográfica sobre a música popular. Diante da expansão da lógica formal capitalista no campo da arte, a relação entre objetividade e subjetividade será a mola propulsora que utilizaremos para analisar paradoxos no processo de reprodução da música popular moderna, tais como indústria cultural e a reprodutibilidade técnica. Assim, partindo da análise do reggae jamaicano, buscamos ampliar o postulado adorniano sobre massificação da música para uma análise na qual seja possível investigar a experiência de produção artística periférica, como a da música popular jamaicana. Essa problemática abriu espaço para a discussão acerca da possibilidade de a indústria fonográfica ter múltiplas formas de atuação, a partir das contingências geradas pela singularidade do funcionamento desigual das condições econômicas, políticas e culturais de cada região, não perdendo de vista que as configurações locais são partes integrantes do modo de produção capitalista.
This article is about popular music, focusing in the relations built by music in face of capitalism’s expansion in the arts’ field. For this instance, the relations between objectivity and subjectivity will be the plot from where we will analyze the paradoxes in the process of modern popular music reproduction, such as: culture industry and the work of art in the age of its technological reproduction. So, starting from the Jamaican reggae, we seek to wise Adorno’s perspective about music investigation to an analysis where is possible to investigate the outlying artistic production, as the popular music that rises in Jamaica. This argument opened space to a discussion about the possibility of the phonographic industry have multiple actuation forms developed from its contingencies that are created by the singularities of its unequal way of work in face of different economic, political and cultural circumstances, keeping in sight that local realities are integrated to the capitalism mode of production.
Le sujet de cet article c’est la musique populaire. On prend la question des rapports entre la musique et la logique de l’expansion capitaliste au domaine de l’art. Pour cela, la relation entre l’objectivité et la subjectivité c’est la force motrice de notre analyse sur les paradoxes du procès de reproduction de la musique populaire moderne, tels que : l’industrie culturelle et la reproductibilité technique. On part de la musique jamaïcaine pour faire la critique au postulat adornien de la négativité appliqué à la musique erudite, en visant comprendre avec lui, aussi, la musique populaire, particulièrement la musique pop des régions périphériques du monde. Cette voie des discussions nous ouvre des multiples possibilités des investigations sur l’industrie phonographique, issues des contingences générées par la singularité du fonctionnement inégal des conditions économiques, politiques et culturelles de chaque région, sans oublier que les configurations locales font partie intégrante de mode de production capitaliste.