Objetivo: Estabelecer os determinantes do VO2 pico em transplantados de coração. Métodos: Avaliação do paciente foi realizada em dois dias consecutivos. No primeiro dia, os pacientes realizaram a avaliação da variabilidade da frequência cardíaca seguida de um teste de esforço cardiopulmonar. No segundo dia, os pacientes realizaram ecocardiografia de repouso. Os transplantados foram elegíveis se estivessem em uma condição estável e sem qualquer evidência de rejeição diagnosticada por biópsia endomiocárdica. Pacientes com marca-passo, limitações funcionais não cardiovasculares, tais como osteoartrite e doença pulmonar obstrutiva crônica foram excluídos deste estudo. Resultados: Sessenta pacientes (68% do sexo masculino, 48 anos e 64 meses após o transplante cardíaco) foram avaliados. A análise multivariada selecionou as seguintes variáveis: sexo (P=0,001), idade (P=0,049), Índice de Massa Corporal (P=0,005), frequência cardíaca de reserva (P <0,0001), diâmetro do átrio esquerdo (P=0,016), variáveis do receptor. A análise multivariada mostrou r=0,77 e r2=0,6, com P <0,001. Equação: VO2=32,851 - 3,708 (sexo receptor) - 0,067 (idade receptor) - 0,318 (IMC receptor) + 0,145 (frequência cardíaca de reserva) - 0,111 (diâmetro de átrio esquerdo). Conclusão: Os determinantes do pico de VO2 em transplantados de coração foram: sexo receptor, idade, Índice de Massa Corporal, frequência cardíaca de reserva e diâmetro do átrio esquerdo. A frequência cardíaca de reserva foi a única variável positivamente associada com o pico de VO2. Estes dados sugerem a importância da reinervação simpática no pico de VO2 em transplantados de coração.
Objective: To establish the determinants of the peak VO2 in heart transplant recipients. Methods: Patient's assessment was performed in two consecutive days. In the first day, patients performed the heart rate variability assessment followed by a cardiopulmonary exercise test. In the second day, patients performed a resting echocardiography. Heart transplant recipients were eligible if they were in a stable condition and without any evidence of tissue rejection diagnosed by endomyocardial biopsy. Patients with pacemaker, noncardiovascular functional limitations such as osteoarthritis and chronic obstructive pulmonary disease were excluded from this study. Results: Sixty patients (68% male, 48 years and 64 months following heart transplantation) were assessed. Multivariate analysis selected the following variables: receptor's gender (P=0.001), receptor age (P=0.049), receptor Body Mass Index (P=0.005), heart rate reserve (P <0.0001), left atrium diameter (P=0.016). Multivariate analysis showed r=0.77 and r2=0.6 with P <0.001. Equation: peakVO2=32.851 - 3.708 (receptor gender) - 0.067 (receptor age) - 0.318 (receptor BMI) + 0.145 (heart rate reserve) - 0.111 (left atrium diameter). Conclusion: The determinants of the peak VO2 in heart transplant recipients were: receptor sex, age, Body Mass Index, heart rate reserve and left atrium diameter. Heart rate reserve was the unique variable positively associated with peak VO2. This data suggest the importance of the sympathetic reinnervation in peak VO2 in heart transplant recipients.