OBJETIVO: Comparar o posicionamento da cabeça e o alinhamento da coluna cervical em indivíduos com e sem DTM, por meio da avaliação postural por fotografias, radiografias e por observação visual e verificar se o tipo de DTM influencia na postura da cabeça e no posicionamento da coluna cervical. MÉTODOS: Noventa mulheres escolhidas aleatoriamente foram diagnosticadas por meio dos Critérios para Diagnóstico em Pesquisa para Disfunções Temporomandibulares (RDC/TMD) por um examinador treinado e divididas em três grupos: grupo 1, diagnóstico de disfunção miofascial (grupo I do eixo I do RDC); grupo 2, com DTM mista (grupo I, II e III do eixo I do RDC) e controle, sem DTM . Em seguida, foram fotografadas em vista anterior e em perfil por um único examinador. Para a realização dessas fotografias, foram demarcados sobre a pele os seguintes pontos anatômicos: protuberância occiptal, C4, C7, articulação acromioclavicular e esternoclavicular. A partir desses pontos, foram analisados diferentes ângulos por meio do aplicativo ALCimagem-2000. Essas mesmas fotos foram posteriormente avaliadas qualitativamente (avaliação visual). Em seguida, foi solicitada uma radiografia e uma telerradiografia em perfil. O examinador foi cego ao analisar as imagens. Para comparação dos resultados, foi utilizado o teste qui-quadrado e a análise de variância com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Independentemente do método utilizado, os resultados revelaram que a postura da cabeça e da coluna cervical não diferem entre o grupo com DTM e sem DTM, independentemente do grupo diagnosticado. CONCLUSÃO: A postura do indivíduo com DTM miogênica ou artrogênica não é diferente do indivíduo sem DTM. A presença da DTM não influencia na postura da cabeça e da coluna cervical.
OBJECTIVE: To compare head positioning and cervical spine alignment between individuals with and without temporomandibular disorders (TMDs), by means of positional evaluation using photographs, radiographs and visual observation, and to investigate whether the type of TMD influences head posture and cervical spine positioning. METHODS: Ninety randomly chosen women were diagnosed using the research diagnostic criteria for TMDs (RDC/TMD) by a trained examiner and were divided into three groups: Group 1, with a diagnosis of myofascial dysfunction (group I of RDC axis I); Group 2, with mixed TMD (groups I, II and III of RDC axis I); and Control, without TMD. Following this, the participants were photographed in frontal and lateral views by a single examiner. To produce these photos, the following anatomical points were marked out on the skin: occipital protuberance, C4, C7, acromioclavicular joint and sternoclavicular joint. From these points, different angles were analyzed by means of the ALCimagem-2000 application. These same photos were then evaluated qualitatively (visual evaluation). Next, lateral teleradiography and radiography of the cervical spine was requested. The examiner was blind when analyzing the images. To compare the results, the chi-squared test and analysis of variance were used, with significance levels of 5%. RESULTS: Regardless of the method used, the results revealed that head and cervical spine posture did not differ between the groups with and without TMD, independent of the diagnostic group. CONCLUSION: The posture of individuals with myogenic or arthrogenous TMD does not differ from the posture of individuals without TMD. The presence of TMD does not influence the head and cervical spine posture.