Este estudo teve como objetivos verificar a adesão de portadores de transtorno afetivo bipolar (TAB) à terapêutica medicamentosa e identificar possíveis causas de adesão e não adesão ao medicamento de acordo com o perfil farmacoterapêutico. Trata-se de estudo transversal, descritivo, realizado em Núcleo de Saúde Mental de um município do interior paulista. Participaram do estudo 101 pacientes com TAB. Para coleta dos dados, utilizou-se a entrevista estruturada e o teste de Morisky-Green e, para a análise dos mesmos, o programa Statistical Package for the Social Science. Os resultados mostraram que a maioria (63%) dos sujeitos investigados não adere ao medicamento. Apesar de não ter ocorrido diferenças significativas entre o grupo de aderentes e não aderentes, para as variáveis investigadas, foi possível verificar a utilização de polifarmacoterapia e regimes terapêuticos complexos no tratamento do TAB. Permanece como desafio a implementação de estratégias que possam melhorar, na prática, a adesão de pacientes ao tratamento medicamentoso.
This cross-sectional and descriptive study aimed to verify the adherence of patients with Bipolar Affective Disorder (BAD) to medication and to identify possible causes of adherence and non-adherence to medication according to the pharmacotherapeutic profile. The study was carried out in a mental health service in a city in the interior of the state of São Paulo. Participants included 101 patients with BAD. Structured interviews and the Morisky-Green test were used for data collection, and the Statistical Package for Social Science was employed for data analysis. Most subjects (63%) did not adhere to medication. Although there were no significant differences between the adherent and non-adherent groups for the researched variables, the use of polypharmacotherapy and complex treatment regimens was observed in treatment for BAD. In practice, implementing strategies to improve the adherence of patients to medication treatment remains a challenge.
Se objetivó verificar la adhesión de afectados por transtorno afectivo bipolar (TAB) a la terapéutica medicamentosa e identificar posibles causas de adhesión y no adhesión, de acuerdo al perfil fármaco-terapéutico. Estudio transversal, descriptivo, realizado en Núcleo de Salud Mental de municipio del interior paulista. Participaron 101 pacientes con TAB. Datos recolectados mediante entrevista estructurada y test de Morisky-Green, analizados con software Statitistical Package for the Social Science. Los resultados demostraron que la mayoría (63%) de los sujetos investigados no adhiere a la medicación. A pesar de no haberse determinado diferencias significativas entre el grupo de adherentes y no adherentes para las variables investigadas, fue posible verificar la utilización de polifarmacoterapia y regímenes terapéuticos complejos en el tratamiento del TAB. Permanece como desafío la implementación de estrategias que puedan mejorar en la práctica la adhesión del paciente al tratamiento medicamentoso.