RESUMO A empatia é um importante fator na garantia da qualidade do cuidado prestado em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), e a depressão é um fator que prejudica a saúde do profissional e, consequentemente, esse cuidado. Dessa forma, é importante que se realizem estudos sobre a relação dessas variáveis nesse contexto. Objetivo: Verificar a relação entre empatia e sintomas depressivos em profissionais de saúde de ILPIs. Métodos: Estudo transversal, realizado em ILPIs no estado de São Paulo. A amostra final foi composta por 101 profissionais da saúde (cuidadores e técnicos de enfermagem), que participavam diretamente do cuidado de idosos institucionalizados. Os instrumentos utilizados foram: a Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI) para avaliar empatia e o Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) para o diagnóstico de depressão. Para as análises, os participantes foram divididos em grupos com e sem depressão, de acordo com a pontuação do PHQ-9. Resultados: A prevalência de depressão entre os profissionais de saúde foi de 19,8%. Foram encontradas diferenças estatísticas significativas entre os grupos para a pontuação total do EMRI (p=0,029), para o domínio emocional (p=0,023) e angústia pessoal (p=0,009). Conclusões: Nossos achados apontam que a presença de depressão entre os profissionais de saúde de ILPIs está relacionada a maiores os níveis de empatia, principalmente no domínio emocional. Assim, pesquisas futuras que contribuam para entender como deve se dar o cuidado prestado com empatia, porém sem prejudicar a saúde do profissional, devem ser realizadas.
ABSTRACT Empathy is an important factor to guarantee the quality of care provided in the long-term care institutions (LTCIs) for older adults, and depression is a factor that affects the health of the professional and, consequently, the care. Thus, it is important that studies are conducted on the relationship of these variables in this context. Objective: The aim of this study is to verify the relationship between empathy and depressive symptoms among health professionals working in the LTCIs. Methods: A cross-sectional study was carried out at LTCIs in the state of São Paulo, Brazil. The final sample was constituted by 101 health professionals (i.e., caregivers and nursing technicians) with direct participation in the care of institutionalized older adults. The instruments were used as follows: the Interpersonal Reactivity Index (IRI) to assess empathy and the Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) for the diagnosis of depression. For the analyses, the patients were divided into groups with and without depression, according to the score of the PHQ-9. Results: The prevalence of depression among health professionals was 19.8%. Significant statistical differences were found between the groups for the total score of the IRI (p=0.029), for the emotional domain (p=0.023), and for the personal distress (p=0.009). Conclusions: The findings indicate that the presence of depression among health professionals at LTCIs is related to the higher levels of empathy, especially in the emotional domain. Thus, future studies that contribute to understanding how care must be provided with empathy, but without harming the health of the professional, should be carried out.
