No presente estudo investigamos o potencial do extrato etanólico das folhas da Punica granatum (PGFO) e do extrato etanólico dos frutos da Punica granatum (PGFR) de induzir mutagenicidade ou de proteger contra efeitos genotóxicos induzidos pela ciclofosfamida (CF). Camundongos machos Swiss foram tratados por 10 dias, via oral, com PGFO ou PGFR (12,5, 25, 50 e 75 mg/kg/dia), previamente a exposição à CF (i.p. 200 mg/kg) 24 horas após término do tratamento. Observamos que os animais tratados por 10 dias com ambos os extratos (12,5, 25, 50 e 75 mg/kg/dia) demonstraram a frequência de micronúcleo policromático eritrocitário (MNPCE) similar ao grupo controle. Quando aos efeitos protetores dos extratos foram investigados, a análise dos dados revelou que, independentemente da dose ou do extrato usado, a administração oral por 10 dias, previamente à exposição, reduziu, de forma dose-dependente, a frequência de MNPCE induzidos pela CF, em todos os grupos estudados. As maiores reduções foram observadas com PGFR nas doses de 50 e 75 mg/kg. Em conjunto, sob as condições testadas, camundongos tratados com P. granatum demonstraram ausência de efeitos mutagênicos e, de forma dose-dependente, efeitos protetores contra os danos oxidativos do DNA induzidos pela CF.
In the present study, the ability of Punica granatum ethanolic leaf extract (PGL) and Punica granatum ethanolic fruit extract (PGF) to induce mutagenicity or to modulate the genotoxic effects induced by the alkylating agent cyclophosphamide (CP) was evaluated. Swiss male mice were treated by gavage for 10 days with PGL or PGF (12.5, 25, 50, and 75 mg/kg/day) prior to exposure to CP (i.p. 200 mg/kg), 24 h after the end of the treatment. Initial observations revealed that normal mice treated with both extracts (12.5, 25, 50, and 75 mg/kg/day) showed a similar micronucleated polychromatic erythrocyte (MNPCE) frequency to that of the control group. Investigation of the protective effect of PGL and PGF based on data analysis revealed that, irrespective of dose or extract, oral administration of PGL or PGF for 10 days prior to exposure had reduced, in a dose-dependent manner, the frequency of MNPCE induced by CP in all groups studied. Higher reductions were observed at PGF doses of 50 and 75 mg/kg. Taken together, these results demonstrate that mice treated with P. granatum showed an absence of mutagenic effects and dose-dependent protective effects against CP-induced oxidative DNA damage.