RESUMO O objetivo deste estudo foi comparar a eficiência reprodutiva de búfalas leiteiras submetidas a protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) à base de progesterona/estrogênio (P4/E2) e eCG, durante a estação reprodutiva desfavorável, usando-se sêmen resfriado (SR) e congelado (SC) Um total de 446 búfalas (> 40 dias após o parto) foi distribuído aleatoriamente em quatro blocos (anos): B1-2014 (n = 143), B2-2015 (n = 34), B3-2016 (n = 90) e B4-2017 (n = 179). Cada bloco foi subdividido em dois (IA com SR e SC utilizando-se a mesma ejaculação de cada touro). Assim, a subdivisão do bloco foi a seguinte: B1 (SR = 71 e SC = 72); B2 (SR = 18 e SC = 16); B3 (SR = 47 e SC = 43); e B4 (SR = 90 e SC = 89). Os ejaculados de oito touros Murrah coletados com vagina artificial foram divididos em duas alíquotas: uma alíquota diluída em diluente comercial Botu-Bov® e resfriada (BB-SR), e a outra diluída no mesmo diluente e congelada (BB-SC). As alíquotas de BB-SR foram resfriados a 5°C/24h usando-se um refrigerador. As alíquotas do grupo BB-SC também foram resfriadas e, após equilíbrio a 5°C por 4h, foram colocadas em uma caixa de isopor de 21L, 5 cm acima da superfície do nitrogênio líquido. À tarde (A), no D0 (14h), os animais receberam BE 2,0 mg IM (Estrogin®) e um implante auricular (Crestar® 3,0 mg P4). No D9 (A), o implante foi retirado e os animais receberam eCG 400 UI IM (Folligon® 5000) + cloprostenol PGF2α 0,530 mg IM (Sincrocio®). No D10 (A), os animais receberam BE 1,0mg IM (Estrogin®), e, no D12 (8h da manhã), foram realizadas as IAs. No D42, a gestação foi diagnosticada por ultrassonografia. As taxas de concepção (TC) totais foram 48,2% SR e 34,6% SC para os anos de 2014 a 2017, com uma diferença significativa de 13,7% (P<0,05). Em conclusão, o sêmen resfriado resultou em maior TC do que o sêmen congelado em bubalinos leiteiros sob P4/E2 e eCG FTAI durante a estação reprodutiva desfavorável.
ABSTRACT The objective of this study was to compare the reproductive efficiency of dairy buffaloes undergoing fixed-time artificial insemination (FTAI) protocols based on progesterone/estrogen (P4/E2) and eCG during unfavorable breeding season using cooled (CS) and frozen semen (FS). A total of 446 buffaloes (> 40 days postpartum) were randomly distributed into four blocks (years): B1-2014 (n = 143), B2-2015 (n = 34), B3-2016 (n = 90), and B4-2017 (n = 179). Each block was subdivided into two (AI with CS and FS using the same ejaculate of each bull). Thus, the block subdivision was as follows: B1 (CS = 71 and FS = 72); B2 (CS = 18 and FS = 16); B3 (CS = 47 and FS = 43); and B4 (CS = 90 and FS = 89). The ejaculates of eight Murrah bulls collected using an artificial vagina were divided into two aliquots: one aliquot was diluted in Botu-Bov® commercial extender and cooled (BB-CS), and the other was diluted in the same extender and frozen (BB-FS). BB-CS aliquots were cooled at 5 °C/24 h using a refrigerator. BB-FS group aliquots were also cooled, and after equilibrating at 5 °C for 4 h, were placed in a 21-L Styrofoam box, 5 cm above the surface of liquid nitrogen. In the afternoon (A) on D0 (2:00 p.m.) the animals received EB 2.0 mg IM (Estrogin®) and an ear implant (CRESTAR® 3.0 mg P4). At D9 (A), the implant was removed, and the animals received eCG 400 IU IM (Folligon® 5000) + Cloprostenol PGF2α 0.530 mg IM (Sincrocio®). At D10 (A), the animals received EB 1.0 mg IM (Estrogin®), and at D12 (8:00 a.m.), AI was performed. At D42, pregnancy was diagnosed via ultrasonography. Total CRs were 48.2% CS and 34.6% FS for years 2014 to 2017, with a significant difference of 13.7% (P<0.05). In conclusion, cooled semen resulted in higher CR than frozen semen in dairy buffaloes under the P4/E2 and eCG FTAI during the unfavorable reproductive season.